PERGUNTA: Quais os motivos que determinam essas cores do pensamento?
RAMATÍS: De conformidade com as leis transcendentais, que regem o mundo mental, a qualidade do pensamento determina-lhe a cor; a natureza do pensamento compõe-lhe a forma; e a precisão do pensamento determina-lhe a configuração exata. As cores do pensamento são fundamentais e jamais desmentem a sua cromosofia peculiar, isto é, o pensamento de amor ou de paz, de ódio ou de guerra, possui sempre a mesma tonalidade colorida, quer seja produzido por um europeu, asiático, africano ou latino. Isso acontece, porque a Mente Divina, em qualquer latitude cósmica do Espaço, fundamenta a mesma cor do pensamento e interpenetra todos os interstícios da mente humana. Os pensamentos, além de nutridos pela substância mental, também impregnam-se do fluido astralino que no momento nutre sentimentos semelhantes.
Assim, em qualquer ponto do Universo, a cor clara e límpida sempre decora os pensamentos de amor puro; o branco-prateado fundamenta os sentimentos messiânicos; o azul-celeste identifica a elevada emoção religiosa, enquanto o esforço mental para produzir raciocínios elevados e benfeitores à humanidade, sempre ressalta um formoso matiz amarelo e de ouro chispante, que é a cor do intelecto sublimado. As formas-pensamentos sublimes e benfeitoras são sempre límpidas, translúcidas e formosas, enquanto as formas-pensamentos produtos da mente subvertida e alimentadas pelas energias inferiores mostram-se obscuras, pétreas e oleosas. Infelizmente, devido à graduação primária da humanidade terrena, em geral, ainda predominam na aura humana as cotes escuras, viscosas e densas, como resultantes de pensamentos nebulosos e próprios das mentes mal desenvolvidas.
Quando um homem pensa num objeto concreto como uma casa, um livro, um pássaro ou paisagem, ele constrói uma diminuta imagem de tal objeto na substância de sua mente ou corpo mental. Assim, quando o pintor, o cientista ou o escultor imaginam alguma criação para o futuro, eles projetam, para além de si, a forma-pensamento do que pretendem criar no mundo exterior da matéria. Sob a lei de afinidade e correspondência vibratória, essas formaspensamentos vagueiam até encontrar um campo mental semelhante e então passam a atuar com insistência até incorporar outras formas-pensamentos afins. Daí, os acontecimentos desairosos, que por vezes acontecem na Terra, quando certas descobertas ou invenções surgem simultaneamente em mais de um cérebro humano, dando azo a mútuas censuras de plágios.
O novelista, o poeta e o escritor não só criam os seus personagens quando eles os imaginam, como ainda os impregnam de sua força e vivência mental; depois, os movimentam em suas obras como bonecos vivos, comandando-os pela mente criadora a seu bel-prazer, daqui para ali. Embora se trate de imagens ou personagens criados mentalmente, de existência física fictícia e podendo durar muito pouco tempo no campo espacial da mente do orbe, eles ficam sob a dependência do potencial da matéria mental de quem os criou. As imagens ou formas-pensamentos criadas pelos homens, às vezes, são tão vigorosas e perfeitas, que em certos trabalhos espiritistas, umbandistas ou esotéricos, onde o ambiente mental e psíquico se torna hipersensível, os videntes mal desenvolvidos chegam a confundi-los com espíritos desencarnados, o que não passa de um fenômeno de ideoplastia mental. 3
3 - Assim são as histórias de Branca de Neve e os 7 Anões, Chapeuzinho Vermelho, O Gato de Botas, Pinóquio, Cinderela e outras, que fizeram as delícias de nossa infância, cujos personagens ainda permanecem em nossa mente como criações vivas e indestrutíveis. Vide o capítulo "Vidência Ideoplástica", da obra Mediunismo, de Ramatís.
Em trabalhos de hipnotismo é possível conduzir-se o "sujet" a ver numa folha de papelaneamente pelo hipnotizador, e que então, lhe parecem objetos físicos e reais. Há personag as formas-pensamentos criadas simultens criados' pelos seus autores, sob tal vitalidade e incessante nutrição mental, que permanecem na esfera da vida de todos os povos e destes ainda recebem mais alimento mental, espantando certos espíritos recém desencarnados, que ficam boquiabertos revendo vivos no Espaço os personagens de um mundo de fadas!
Do Livro: “Magia de Redenção” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.
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