domingo, 8 de julho de 2018

PERGUNTAS E RESPOSTAS

Sobre PONTOS RISCADOS.

1- Como posso obter o Ponto riscado do Caboclo Cobra Coral, por exemplo?R: Você não pode. Se trabalha com o caboclo, aguarde até o momento em que ele vai poder riscar, através de você mesmo, o seu próprio ponto que será a princípio sua assinatura - uma forma de você e outros saberem que quem está ali, incorporado, é ele mesmo. No entanto, é muito importante que, se você for médium muito consciente, não risque jamais esse ponto por você mesmo. O Ponto Riscado de uma entidade é tão importante que ela NÃO O RISCA COMPLETAMENTE na frente de todos e a razão está em que, se assim o fizer, num futuro próximo alguém vai poder estar imitando e dizendo estar "tomado(a)" pela mesma entidade. Já pensou isso numa Gira da IURD? Seria a PIRATARIA dos Pontos Riscados.

2- "Meu" Caboclo riscava um ponto antes a agora, que mudei de terreiro, ele modificou o ponto dele. Por que?R: Modificou muito? Ou apenas acrescentou ou retirou algum detalhe?
Essas perguntas, em resposta, cabem porque não é comum uma situação destas e parece até estranha. No entanto, pode ser (apenas pode ser) que no caso de inserção ou retirada de algum símbolo, se deva à sua nova forma de trabalhar junto às entidades do novo local bem assim como à egrégora. Se trocou o ponto todo, aí isso tem que ser estudado mais a fundo porque o que parece é que a entidade espiritual não é mais a mesma, ainda que dê o mesmo nome de falange.

3- "Meu" Preto Velho já risca ponto há muito tempo. No entanto, tem vezes que ele risca uns símbolos a mais e quase sempre diferentes uns dos outros. O que isso significa?
R: Significa que ele está usando seu próprio Ponto de Força para, com algumas modificações, movimentar energias e elementais para trabalhos diversos. Isso não é raro quando tratamos com entidades de fato e que detém o conhecimento de como atuar no mundo astral através de seus Pontos Riscados.

4- Minha criança nunca riscou ponto. Isto está certo?R: Se está ou não está, é uma decisão dela, levando-se em conta que você seja médium preparado e outras entidades até já tenham riscado seus pontos através de você. Em verdade mesmo, eu nunca vi criança riscando ponto de fundamento mesmo. Já vi até ensaiarem alguns riscos no meio daquelas brincadeiras que sabem muito bem fazer, mas riscar mesmo, como Caboclo e Preto Velho, eu ainda não vi, ainda que alguns autores insistam em dizer que riscam.

PERGUNTAS GENERALIZADAS
1- Exu Mirim é criança de Umbanda?

R: Exu Mirim, o nome de falange já diz: é um Exu (uma entidade nessa categoria) que se apresenta como criança mas faz parte, evolutivamente, das falanges de Exus. São conhecidos também como Erês da Poeira e nessas falanges se apresentam ELEMENTAIS e ESPÍRITOS HUMANOS que habitam Planos Vibratórios bem próximos ao nosso. Costumam ser "da pá virada" e se não doutrinados, criam situações não muito agradáveis, tanto para seus médiuns como para quem os assiste. Podem, no entanto, vir a ser trabalhadores muito positivos, desde que tenham aprendido a trabalhar dentro das regras da Umbanda, junto às demais crianças e sob a tutela de um Preto Velho, Caboclo ou Exu de Lei. Uma característica geral bem marcante dos Exus Mirins é a de que fazem de tudo para aparecerem - são carentes de afeto, principalmente.
Crianças que sofreram maus tratos quando em vida, que se "perderam na vida" ou tiveram sérios traumas sentindo-se revoltados com isso; que não tiveram acesso à Educação no sentido de dominação de instintos e reações, costumam fazer parte dessas falanges.
Pelo lado dos Elementais Naturais (Encantados) que também povoam esse nível, costumamos encontrar aqueles que, ainda em fase de formação inicial de suas existências extra físicas, não separam bem de mal ou não reconhecem situações como bem ou mal (como quaisquer uma de nossas crianças nas fases mais elementares de suas vidas encarnadas). Eles apenas reagem de acordo com o que sentem ou agem de acordo com o que necessitam, por puro instinto. Esses elementais (ou encantados) assumem formas diversas e, numa vidência, podem nos aparecer como figuras, se não estranhas, pelo menos interessantíssimas, até mesmo de diabinhos, se esperam que assim sejam mais apreciados.

2- Por que Preto Velho e Caboclo fumam nos Terreiros?
R: Eu não diria que fumam porque eu nunca vi ENTIDADE DE LEI tragar, seja cachimbo ou charuto. O que acontece, na verdade é que eles se valem desses "artifícios" para defumarem, espargindo no ambiente e nos consulentes, a energia que sai do médium, modificada pelo aroma dos fumos específicos. Existe uma modalidade de "passe" que é chamado de "passe de sopro". Nessa modalidade, tanto o doador encarnado quanto o desencarnado incorporado, sopram para o paciente, a energia ectoplásmica da qual ele necessita. Você já deve ter visto isso nas baforadas dos Pretos Velhos e Caboclos, não?

3- Por que entidades de Umbanda bebem?
R: A bebida tem uma aplicação especial quando comedida e não exagerada. Essa aplicação está baseada no fato de que a bebida alcoólica principalmente, atua no médium de diversas formas que acabam facilitando a incorporação mais firme de certas entidades. Vamos tentar compreender: Em primeiro lugar o álcool modifica o estado psíquico de qualquer pessoa provocando, inicialmente, mais relaxamento - um dos comportamentos pedidos a médiuns para que as entidades possam melhor chegar e se assentar. Dando-se continuidade ao ato de beber, esse estado psíquico vai se alterando mais ainda até chegar num ponto em que até mesmo a atenção e certas "travas" que temos de âmbito psicológico, vão se relaxando e, com isso, permitindo que a personalidade espiritual, que não está sentindo os mesmos efeitos, possa se expressar melhor e mais nitidamente, com cada vez menos interferência do médium. Em maior quantidade e se for por conta da entidade mesmo e não pela vontade do próprio médium, este chega até mesmo ao ponto de se anular e permitir uma incorporação quase que total, com inconsciência e tudo.
É fácil de entendermos se observarmos os "bebuns" de plantão na vida normal, não mediúnica. Perceba como eles vão passando por vários estágios desde que começam a beber e, se abusarem, começam a falar demais (nesse estágio seus "freios" já estão soltos) e na continuidade acabam até "apagando". Nesse caso específico, quando não há entidade incorporada, o sujeito pode até mesmo, em certa fase, exteriorizar seu estado psicológico e anímico a ponto de sair falando sobre coisas de que nunca falou antes.
Algumas entidades aproveitam-se dessa vulnerabilidade da matéria e, "bebendo", abrem caminho para incorporações quase que sem barreira alguma.
Pelo lado espiritual, percebemos que, ao beber, acontece um relaxamento de AURA, permitindo dessa forma, que a entidade incorporante tenha mais facilidade de se conectar aos centros mediúnicos do médium já que naquele estado ele perde os medos e pode chegar até a "apagar".
É claro que todo esse processo tem que ser muito bem controlado pela entidade que assim age porque, conseqüentemente, ela se torna responsável pela condição em que vai deixar o médium após. E é claro também, que não só entidades de Lei conhecem essas formas de fragilizar as defesas do médium. A diferença é que os obsessores forçam o humano a esses comportamentos INDUZINDO-LHES A VONTADE E O USO CONTÍNUO, enquanto entidades de Lei só o fazem enquanto incorporadas, sem deixar "vontades posteriores" no médium.

4- E essas entidades que já chegam bêbadas. O que você teria a dizer sobre elas?
R: Essa é uma resposta que eu pensei muito se daria ou não, porque certamente envolve a crença de muitos que vêem em entidades desse tipo, verdadeiros mitos, quando não são. E porque digo que não são? Vamos a um raciocínio lógico partindo do princípio de que estejam realmente bêbadas e isso não seja teatro delas?
Vamos lá: Quem deu de beber a esses espíritos antes deles chegarem? Se a resposta foi ninguém, então é sinal de que eles, para poderem absorver álcool, ou tiveram que se encostar em alguém ou absorver esse álcool até mesmo de algum armazém ou encruzilhada. E que tipo de entidade se encosta, aqui ou ali pra absorver a essência do álcool no intuito de manter "em morte" o que provavelmente mantinha em vida? É só uma questão de raciocínio e eu nem vou me alongar mais nessa análise. Só vou dizer que entidades deste tipo ALÉM DE NÃO SEREM DE UMBANDA, têm que ser muito bem encaminhadas ou doutrinadas no caso de seu médium ter realmente que com elas trabalhar, caso contrário ...

5- Mas e quando chegam, nem bebem e deixam o médium bêbado?

R: Mais uma razão para que o responsável pela Gira as chame de volta (se "tiver na unha", como se diz) e as obrigue a deixar o médium em perfeito estado, fazendo-as aprender desde cedo, que ali naquele Terreiro de Umbanda ELES SÃO APRENDIZES E NÃO PROFESSORES.

6- Abri meu Terreiro de Umbanda e, quando por ocasião da visita de um babalorixá, fiquei sabendo que tinha que mexer nos fundamentos da casa para enterrar uma coisas e firmar o orixá regente. Tenho que fazer isso mesmo?

R: Meu caro. Se o seu Terreiro é de UMBANDA e não de CANDOMBLÉ, você não tem que fundamentar a casa da mesma maneira que fazem por lá. Os fundamentos de uma casa de UMBANDA estão nas firmezas que os GUIAS CHEFES (quando GUIAS DE FATO) determinam e em seus PONTOS RISCADOS (que não existem por lá) específicos para isso que devem estar nos locais também por eles indicados.

7- Mas ele me disse também que para preparar médiuns eu teria que "raspar pro santo". O que faço?

R: Continuo dizendo: Se o seu Terreiro é de UMBANDA, você não tem nada a fazer em termos de raspagem. Se você recebeu ordens para abrir Terreiro, lembre-se de que isso é uma enorme responsabilidade, principalmente quando se tratar de preparar novos médiuns, mas não quer dizer que você tenha que cumprir rituais de Candomblé para praticar Umbanda. Seria o mesmo que os pastores terem que se sagrar padres para poderem ser pastores evangélicos, já que a ICAR é muito mais antiga que a IURD e ambas se fundamentam nos mesmos livros, com interpretações diferentes, é óbvio!

8- Fui num Terreiro e fiquei sabendo que vou trabalhar com o Caboclo Pena Verde. Queria saber do que ele gosta e como ele se veste porque estou com um dinheiro em sobra e pretendo aproveitá-lo pra ir logo comprando o que for preciso.

R: Eu chamo isso de "botar a carroça na frente dos burros". Pegue o seu dinheiro e bote numa caderneta de poupança ou outra aplicação qualquer, já que não tem uso pra ele no momento. Quem disse que o seu Caboclo Pena Verde vai ter que ser igual a qualquer outro? Quem lhe disse que ele vai querer usar isso ou aquilo? Ou será que já temos uniformização de entidades na Umbanda também?
O caso é o seguinte: Você nem sabe, com toda a certeza se vai trabalhar com essa entidade porque nem começou a desenvolver. Daqui a algum tempo, depois que a entidade se manifestar mesmo e puder falar através de você, pergunte a ela. Acho que se for ela mesma a falar, você vai ter uma surpresa enorme.

9- Tenho uma entidade que se diz Cigana das Almas mas que nas giras de Cigana se apresenta como Sulamita. Afinal de contas, quem é ela? Sulamita ou Cigana das Almas?

R: Pois é! Está aí uma encruzilhada legal! Ela deve se apresentar como Pomba Gira Cigana das Almas em Giras de Umbanda, certo? Se for é porque ela é realmente uma Pomba Gira da linhagem dos ciganos que, no entanto, quando se trata de Sessão de Ciganos, especificamente, pode se apresentar com o outro nome porque nessas giras "não baixam Pombas Giras", ou pelo menos assim acreditam.

10- Meu pai de santo disse que eu tenho um oriental que pode trabalhar com curas e que eu deveria procurar outro lugar já que ele não trabalha com a linha do oriente. O que você tem a dizer?

R: Em primeiro lugar que o termo correto é PAI NO SANTO e não DE SANTO porque ele é "seu pai" (orientador) na linha de santo e não pai de qualquer santo
Desculpe-me, aproveitei pra dar uma explicação sobre uma terminologia errada mas que, mesmo errada continua a ser difundida.
Em segundo lugar, achei seu Pai NO Santo muito honesto, não pretendendo prendê-la em seu Terreiro e abrindo-lhe a porta para que você procurasse um lugar que pudesse lhe dar melhores informações sobre o seu "carrêgo espiritual" que, como ele mesmo diz, não está dentro de sua alçada.

Perfeito! Você pode continuar amiga de seu Pai NO Santo (porque ele é honesto) e continuar seu caminho com outro(s) orientador(es).

11- Já estou num terreiro há dois anos e nunca recebi nada. O que faço?

R: Você é médium de incorporação? Tem certeza? Se for, então é porque o Terreiro em que você está não agrada seu carrêgo espiritual e, provavelmente, se você lhe der chance, vai encaminhá-lo futuramente para outro lugar. Simples assim.

12- Com quanto Exus eu posso trabalhar?

R: Êta perguntinha danada, sô! Para explicar tenho que fazer uma introdução de alguns conceitos.
Vejamos: Você recebe, desde o nascimento a influência maior de uma ou duas Vibrações Originais, ou de Raiz ou de Orixás. Tudo bem até aí?

Pois bem. Essas Vibrações Originais que são na verdade as ENERGIAS que mais lhe afetam e estão mais em sintonia com suas glândulas pineal, pituitária e outras, permitem que, através de você, se apresentem diversos tipos de entidades espirituais de diversas classes e padrões evolutivos, desde os mais altos até os mais baixos. Numa determinada faixa vibratória encontramos os nossos amigos EXUS e POMBA GIRAS que também podem atuar em você através dessas canalizações energéticas.
Pois muito bem. Digamos que você esteja sob influência maior da Vibração Original a qual damos o nome de OGUM que, por conseqüência do que já foi dito, lhe permitiria, por exemplo, a atuação de Tranca Ruas, Rompe Fogo, Pimenta e outros. Nesse caso você poderá, de acordo com a gerência de sua coroa, trabalhar incorporando um deles e ter até outro, da mesma vibração (orixá), como dirigente ou chefe. Como não recebemos apenas a influência de uma Vibração Original, então temos o que chamamos o segundo santo, o terceiro, o quarto ... e cada um deles permite a canalização de outros tipos de Exus de acordo com seus padrões vibratórios, de forma que, talvez, você venha a trabalhar com um Exu do "primeiro santo" (primeira VIBRAÇÃO ORIGINAL) e mais um do segundo ou terceiro ou até mesmo que venha a trabalhar com um do terceiro e resguardo dos outros. O que vai decidir mesmo é a regência de sua Coroa. De uma forma geral eteoricamente, você poderia trabalhar com um Exu ou Pomba Gira de cada Vibração Orixá que lhe atua mais fortemente, até o terceiro santo ou quarto na hierarquia de sua Coroa, no entanto, o que acontece mesmo é que se venha a trabalhar incorporando, um ou dois deles e os outros fiquem como que de guarda, só por fora. Trabalhar (incorporar) com meia dúzia de Exus, não é nada certo!

13- Exu é diabo, afinal de contas?

R: Diabo, maninho, é o que ALIMENTAMOS dentro de cada um de nós quando nos desviamos dos caminhos do bem e partimos para engambelar outros, tirar dinheiro dos pobres, dar golpes nos amigos e nos não tão amigos, etc, etc.
O Diabo é o lado negro de nossas próprias personalidades.
Exu pode sim, ser o diabo, como qualquer um de nós também pode, mas originalmente, para a UMBANDA, os Exus são entidades que, tendo vindo da Quimbanda, ainda não atingiram um grau evolutivo que os envie para Planos Dimensionais Superiores, provavelmente por seus comportamentos nada indicados quando ainda em terra. São irmãos espirituais em evolução como qualquer um de nós e se aceitam os princípios de UMBANDA e passam a trabalhar dentro deles, já é sinal de que evoluíram o suficiente para entenderem que precisam se esforçar para melhorarem seus caminhos. Isso quando se tratam de espíritos. Quando se tratam de Elementais, não deixam de ser entidades em evolução, só que essa evolução ocorre paralelamente à nossa e eles nunca chegarão a encarnar, ou seja, todo o trabalho evolutivo deles é pelo lado de lá mesmo.

14- O que são elementais e qual a diferença deles para os espíritos?
R: Não complicando muito. Espíritos humanos são aquelas entidades que já tiveram alguma vez encarnados em terra ou que ainda estarão e Espíritos elementais (os naturais e não os falsos) são entidades que também habitam os Planos imateriais mas que têm um Plano de Evolução paralelo ao nosso - nunca encarnaram e nunca vão encarnar, como os orixás de Candomblé, por exemplo.

15- Os elementais então são esse que chamamos gnomos, salamandras, silfos e ondinas?

R: Esses são os que fazem parte da cultura popular de alguns países e foram "importados" aqui pro nosso "Brasilzão". No entanto, podemos dizer que há um sem número de tipos de elementais de várias espécies e também com os mais diversos graus de elevação. Os mais "terra a terra" são os que se alimentam de sangue de animais abatidos ou mortos naturalmente, enquanto que os mais elevados que se conhece, alimentam-se de energias muito menos densas do que possamos imaginar.

16- O que é isso de elementais falsos?

R: Falsos Elementais são aqueles que acabamos criando através de nossa própria mente, desejos e medos, figurando entre eles muitos desses que nos aparecem como diabos, de chifre e tudo, que nada mais são do que exteriorizações e condensações energéticas de formas ou figuras simbólicas que tememos e por isso mesmo estamos sempre a imaginá-las.
No livro Umbanda Sem Medo Volume II tem um capítulo que explica melhor isso.

17- Minha mediunidade está aflorando e eu tenho vidência. O caso é que só me aparecem espíritos pedindo orações, chorando, sofrendo ... Como posso lidar com isso?

R: Esse é quase um caso clássico. A vidência vem aparecendo e só aparecem "coisas ruins" pra se ver.
Normal quanto à vidência e anormal quanto ao que você está vendo pois, se assim está ocorrendo, é porque a sua sintonia ( a sua antena - pineal e pituitária) está voltada para esse nível espiritual onde só há esse tipo de entidades. O que você tem a fazer é procurar um bom orientador que faça com que sua vidência saia desse nível (ou até permaneça também) e alcance outros níveis vibracionais e com isso você possa ver que nem tudo o que existe do outro lado é só miséria e gente sofrendo. Resumindo: É uma questão de sintonizar sua antena mediúnica abrindo-a para uma gama maior de freqüências.

18- Meu pai de santo diz que meu caboclo tem que bater cabeça pro dele e ele não faz. Aí ele diz que eu sou teimosa. Ele está certo?
R: Minha cara, essa é uma situação difícil de ser analisada assim, por correspondência. Existe um sem número de fatores que podem levar a essa situação e eu não teria condições de, de longe, analisá-las perfeitamente. Experimente "bater um papo" com seu Pai NO Santo e entender, dele, o porquê de seu Caboclo ter que bater cabeça para o dele, ok?

19- Fui num Terreiro de Umbanda em que o Chefe era Seu Zé Pelintra e gostei muito. Ele me chamou pra desenvolver lá e disse que a gente tinha um longo caminho pela frente. O que acha disso?

R: Em primeiro lugar, se o Chefe era Seu Zé Pelintra esse Terreiro não era de Umbanda, ainda que assim se rotulasse. Se ele a chamou para desenvolver, será decisão sua ir ou não e será decisão de seus amigos espirituais, continuar ou não lá, desde que tenha começado. Enfim, essa é uma pergunta sobre uma particularidade que para ser respondida seria preciso sabermos umas tantas outras também particularidades. O melhor é você buscar dentro de si mesma ou junto a alguém que realmente tenha "santo" e esteja mais perto de você, as respostas para isso.

20- Seu Zé Pelintra é Exu, Mestre ou Caboclo?

R: Na Umbanda é EXU, no Catimbó, onde se originou, é MESTRE e na Quimbanda eu não sei, mas me parece ser mestre também. Como Caboclo eu nunca vi!

21- Quando montei meu grupo pedi a um sacerdote de Umbanda pra ir lá e me dar umas orientações. Ele foi e firmou minha tronqueira da forma que disse ser a correta. Estou passando a chefia do Terreiro para um dos médiuns e não sei o que fazer com a tronqueira, já que o sacerdote foi morar longe e eu perdi contato com ele.

R: Minha amiga. Essa é uma situação básica: Se outro médium vai assumir a direção de seu grupo, naturalmente o(s) Exu(s) dele deverá(ão) estar firmado(s) na tronqueira. Se é assim, converse diretamente com o(s) Exu(s) desse médium e peça a ele(s) e não a qualquer sacerdote de fora, a forma correta dele(s) ser(em) firmado(s) na tronqueira. Se o médium está preparado para assumir tão grande responsabilidade, tem que estar preparado também para dar passagem positiva a seu(s) Exu(s), de forma a que ele(s) possa(m) dizer exatamente o que deve ser feito. Se isso não acontecer é porque o médium não está tão preparado assim.

22- Você acredita em Jogo de Búzios?

R: Se você quer saber, eu nem sei se posso acreditar em Jogo de Búzios como verdadeiro jogo de tradição mesmo porque, ao longo do tempo, tudo o que era fundamento vem deixando de ser e, portanto ...
Vejamos: O Opelê Ifá era um jogo que só poderia ser feito através de autênticos babalawôs (homens) preparados especificamente para essa missão. Os Irindinloguns (agora chamados mirindinloguns) o jogo com 16 + 1 búzios era originalmente realizados apenas por sacerdotes (homens). Hoje tudo mudou e às mulheres também foi dado o direito de fazerem seus jogos. O que mudou? Foi o fundamento ou a tradição?
Tirando esses fatos de lado, mesmo que sejam constatação de fatos verídicos, acredito que algumas pessoas - homens ou mulheres - dotadas de sensibilidade mediúnica possam alcançar informações vindas do outro lado e que a "caída dos búzios" já não signifique tanto assim, valendo mesmo o melhor contato psíquico com o(s) mentor(es) que respondem, considerando-se aqui contatos realmente positivos e não certas engambelações que existem por aí.

23- Mas não é esse o único modo de sabermos nossos orixás?
R: Essa é uma crença difundida por alguns de nossos irmãos africanistas, com uma certa intenção de dizerem, nas entrelinhas, que sem sacerdote de Candomblé (que jogue búzios) não se pode conhecer as Raízes Espirituais de alguém. Em outras palavras: que sem africanismo a Umbanda não vai. Pensando melhor sobre isso, dei de cara com a seguinte situação:
Em cultos afro de raíz (e só os de raiz mesmo) isso pode ter mesmo fundamento, já que orixá nenhum fala, se exprime e tem até que aprender a dançar, se expressar razoavelmente depois de ter sido "feito" na coroa dos yawôs, precisando, talvez sim, de uma forma diferenciada para transmitir seus desejos e fundamentos. Mas quem responde na Umbanda são espíritos totalmente conhecedores da palavra, sabem se expressar (se o médium assim lhes permite) e, se de Umbanda mesmo, conhecedores, tanto das Energias/Vibrações Originais (Orixás), quanto de suas formas de serem tratadas, atraídas, fixadas. Portanto, no caso de Umbanda com mediunidade de fato, os jogos de búzios são totalmente dispensáveis, o que se prova, na prática, quando vemos que a maioria dos Terreiros ditos de Umbanda não têm ninguém que jogue búzios - são as próprias entidades que alcançam a coroa de seus protegidos.

24- Comecei há pouco num Terreiro e quando sinto o espírito se aproximar acho que fico tenso e não sei se sou eu ou é o espírito que está ali presente.

R: Essa é a dúvida de todos os que se iniciam no desenvolvimento da mediunidade de incorporação, principalmente se essa mediunidade não é karmica (ou cármica) - quando por isso mesmo, as entidades tendem a vir "abrindo espaço" desde o outro lado, ao mesmo tempo em que a "vida rola", de uma forma que, quando o médium chega a ir a um Terreiro, acaba "recebendo" logo na primeira ida e com toda a força.
Acontece que, em grande parte das vezes e até mesmo por este "temor" que existe naturalmente, os médiuns vão sendo "tomados aos poucos" e de acordo com a perda desse medo e sua entrega psíquica à entidade incorporante. Dessa forma, somente aos poucos e com bom e muito treino, a mente vai se embotando na presença da entidade ao mesmo tempo em que ela vai assumindo mais e mais controle, inclusive sobre o corpo físico.
Quanto de controle a entidade vai precisar ou vai se utilizar é que depende muito de inúmeros fatores, sendo que, até para existir a possibilidade destes maiores ou menores controles, será preciso que o médium tenha tido preparação adequada em seus treinamentos e isso demanda tempo.

25- Como se faz pra ficar inconsciente?

R: Não se faz! 
Melhor dizendo: Não existe uma fórmula especial para se alcançar a inconsciência imediatamente. O que existe é tempo e dedicação aos treinamentos mediúnicos com as entidades e suas energias. Para a inconsciência temporária ou total será necessário um perfeito entrosamento energético e psíquico entre entidade e médium.

26- Afinal de contas, tem ou não tem atabaques na Umbanda?
R: Sabe que eu já não sei? 

Tem tanta gente que diz que os atabaques são peças importantíssimas, indispensáveis, enquanto outros os acham totalmente dispensáveis e até mesmo sinal de selvageria ...
O que posso lhe explicar, e mesmo assim "por cima", é que SONS de qualquer natureza podem influenciar a mente consciente e até mesmo a inconsciente de muitos de nós, provocando estados de "transe"(alteração da consciência e estados mentais). Se partirmos dessa premissa, podemos concluir que o barulho dos atabaques pode fazer o mesmo, principalmente por se tratarem de sons repetitivos e orquestrados dentro de certas cadências. Nesse caso, se bem utilizados, os atabaques cumprem a tarefa de colocar as mentes dos médiuns em estado de transe passivo, receptivas a influências externas. Agora se é obrigatório a utilização de atabaques ... sei não!
Eu, pelo menos, iniciei em um Centro que nem de longe queria saber de atabaques e nem por isso os médiuns deixavam de se desenvolver ou trabalharem.

Na UMBANDA ORIGINAL a nós trazida pelo Caboclo das Sete Encruzilhadas, os tambores nunca foram usados.

27- Nossos guias são sempre mais evoluídos que nós?
R: Se forem GUIAS DE FATO mesmo, são sim. O que vemos muito na atualidade é uma imensa maioria aceitar que porque chega no Terreiro e incorpora então já é GUIA, o que está muito longe da verdade.
Somente podem ser considerados GUIAS DE FATO, espíritos que, além de se preocuparem em fazer caridade para outros, cuidam de seus médiuns, principalmente no que concerne a princípios de crescimento espiritual, comportamental e éticos. Os VERDADEIROS GUIAS são nossos MENTORES ESPIRITUAIS e não todos os que, através de nós, descem à terra para praticarem a caridade e com isso aprontarem a própria evolução - a estes damos a classificação de ESPÍRITOS PROTETORES, quando o são realmente.
O VERDADEIRO GUIA preocupa-se com seu "cavalo", "aparelho", médium e traz ensinamentos, não só sobre a vida carnal, mas também sobre a espiritual, com um detalhe que muitas vezes passa despercebido mas que deveria ser levado em alta consideração: NÃO TENTAM INTERFERIR NO LIVRE ARBÍTRIO.

Eles ensinam e esperam a resposta de compreensão de seus "filhos". Se não a vêem, depois de algum tempo nessa tentativa, acabam por "irem ao ló" em busca de quem os compreenda, sendo substituídos até mesmo por outras entidades da mesma falange mas em grau de PROTETORES.
Espíritos protetores têm ações diferentes em relação à mesma situação - incompreensão, "ouvidos de mercador" por parte dos médiuns.
Eles costumam avisar, avisar e, depois, se for importante para eles, criam algumas situações às vezes até "meio doidas", através das quais o médium entenda que está indo contra a correnteza, podendo até, no caso da compreensão de alguns deles, "domarem o cavalinho" com algumas "surras".
E por que essas atitudes tão diferentes de um e de outro?

Simples. ESPÍRITOS GUIAS, MENTORES, são mais evoluídos que os médiuns que ELES escolhem para orientar - por isso mesmo podem GUIÁ-LOS pelos caminhos da espiritualidade - e não dependem só deste ou daquele médium.
Não está na caridade que possam fazer a todos as suas missões e sim, principalmente, no que podem ensinar a este ou aquele ser vivo, já que suas missões são de ORIENTADORES e não mais de trabalhadores braçais (embora não fujam quando têm que encarar as batalhas), enquanto que os PROTETORES precisam desses médiuns para poderem fazer caridades através deles, razão pela qual, tentam "domá-los" quando estes não colaboram.
Em síntese: PROTETORES podem ser mais evoluídos ou não que o médium, enquanto que GUIAS, se forem GUIAS mesmo, SEMPRE SÃO MAIS EVOLUÍDOS que o médium. O problema é saber separar quem é GUIA de quem é PROTETOR.

28- Existem guias mais fortes que outros, ou todos são iguais?
R: O que existem são entidades que têm maiores experiências espirituais, mais conhecimentos ou fazem parte de falanges mais guerreiras ou menos guerreiras em termo de força como tendemos a compreender, porque isso também é bem relativo pois, dependendo do tipo de trabalho que deva ser realizado, haverá entidades e falanges que a uma primeira vista nos parecem frágeis (povo das águas, por exemplo) que realizam trabalhos que as falanges guerreiras não conseguem.
A respeito disso, observando uma vez uma Preta Velha que recebia um trabalho feito na Linha de Exu para ser desfeito, ela simplesmente invocou o povo das águas e com eles trabalhou, o que me causou curiosidade.

Quando pude e perguntei, obtive como resposta: -"Exu não é fogo? Com o que se combate fogo, mô fio?" Calei-me, claro!

29- Você afirma que as entidades de Umbanda são os Caboclos, Pretos Velhos e Crianças. Então o que devemos fazer em relação a outras falanges que se apresentam, como boiadeiros, baianos, ciganos? Devemos repeli-los?

R: Olha só! As falanges diferentes que ora estão já incluídas na Umbanda, vieram, ou dos Candomblés, ou da Quimbanda, exceto essas de Ciganos que, pelo menos nos Candomblés que conheço e nas Quimbandas, nunca se apresentaram. Todas essas entidades, ainda que não se apresentem como tal, trabalham e sempre trabalharam em Giras de Umbanda e até mesmo nas Mesas Kardecistas, su-til-men-te, humildemente, como entidades auxiliares "INVISÍVEIS", sem incorporarem e sem que se fizessem festas ou cultos para eles.
No caso de Terreiros, quem manda é o Chefe Espiritual (aquele que determina as regras) que, se pelo menos tender a ser de Umbanda vai ser, ou um Caboclo e/ou um Preto Velho (e não algum dessas falanges auxiliares). Esse Chefe Espiritual e sua falange é que, através de seus conhecimentos, suas formas de trabalhar, suas preferências, determina que tipo de entidades podem ou não podem fazer parte de sua Egrégora e, nesse caso específico, nem o médium chefe pode se intrometer já que esse tópico é de exclusiva determinação espiritual. No entanto, é preciso que fique bem claro que, sendo aceitas em uns Terreiros e outros não, em qualquer caso essas entidades estão ali para aprenderem e trabalharem de acordo com a Lei de Umbanda e sob comando. O que não pode é quererem ditar regras e passarem por cima do Chefe Espiritual, porque nesses casos, na maioria das vezes as raízes de onde vieram vão "gritar mais alto" e aí ...

Acontece mais ou menos assim: Você tem uma classe afinada (admitindo que seja professor ou professora) com alunos aplicados, de bom comportamento e índole e num determinado momento você admite nesta classe alguns alunos vindo por exemplo, de uma FUNABEM. Não deixam de ser seres humanos e devem ser tratados como tal, mas o principal motivo para que ali estejam é o de que, em contato com os de melhores níveis comportamentais, com eles vão aprendendo e se socializando, ou seja: os antigos e bons alunos (povo de umbanda) são os exemplos em que os novos (os agregados) devem se basear e unir de uma forma que TODOS cresçam por igual.
Se no entanto isso não acontecer e por qualquer motivo O CHEFE (você) não conseguir colocar os freios e passar os ensinamentos que esses novos alunos deveriam receber, torna-se claro que ao invés de SE modificarem tentarão modificar os antigos alunos e tudo mais à sua volta, inclusive os hábitos da classe (os rituais), de forma a que, toda a classe, ao invés de melhorar, desça ao nível deles, com o risco dessa classe acabar virando uma sucursal da FUNABEM, entendeu?Nesse ponto o Chefe (você) já deixou de ser o Chefe e só pensa que é.

30- Meu Exu disse que já podia ter passado para o lado dos Guias mas preferiu continuar o trabalho duro nas trevas porque ali sente que poderá ajudar mais. O que acha disso?

R: Partindo do princípio de que ele esteja agindo assim por esta razão mesmo, existem, tanto Exus quanto Oguns e outros, que trabalham ao nível de umas espécies de UMBRAL (uma porteira ou uma porta dimensional, como queiram) que tanto dão passagem para níveis inferiores, quanto inversamente. Nesses portais existem as entidades que trazem outras das trevas e as que as recebem e encaminham.
Seu Exu tem todo o direito de trabalhar de qualquer um dos dois lados, por que não?

31- Afinal, já existia Umbanda antes do Caboclo das Sete Encruzilhadas, ou não?

R: Parece-me que essa pergunta é sempre fomentada pela dúvida quando escutamos ou lemos que antes do CDSE já existia UMBANDA NO BRASIL, e isso já está mais que provado que NÃO É VERDADE. Nos tópicos do Blog com títulos: "Umbanda - Uma Seita Afro?" e "Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade (Regimento Interno)" creio que já deixei bem explicado. Mas, para reforçar ainda mais, lembremos também o livro de João do Rio, publicado em 1904, no qual descreve todos os cultos e seitas e cujas práticas assistiu, NÃO CITANDO UMA VEZ SEQUER, O TERMO UMBANDA.
Veja bem: O que vemos por parte de alguns é que não conseguem aceitar que o que lhes ensinaram, não condiz com a realidade e, por mais que se provem, por documentos, testemunhos ou quaisquer outros meios, continuarão fazendo "ouvidos de mercador" e afirmando que já faziam uma coisa que não existia antes
O que fazer com os cegos que não querem ver?

32- Os orixás batem em seus médiuns?

R: Para lhe responder a essa questão seria interessante que eu soubesse o que você considera orixás:
a) Se são algum tipo de entidade espiritual ou elemental com raciocínio e forma humanizada própria ou não;
b) Se são energias provenientes da energia criadora (Vibração Original ou de Raíz) e portanto sem forma física e não incorporantes;
c) Se são entidades elementais que nunca tiveram experiências entre os humanos e por isso precisam aprender, com eles, a se comunicarem ...
De qualquer forma, sendo eles entidades ou energias não existe isso de baterem em médiuns. Entidades que "batem" em médiuns, dependendo da(s) besteira(s) que possa(m) estar fazendo, são entidades espirituais em nível ou grau de obsessores, Protetores e muito raramente Guias (observe a resposta à pergunta nº28).
Agora, se você está se referindo àquelas "sovas" que costumam acontecer quando alguns médiuns em inicio de aprendizagem costumam levar, elas se devem a uma não doutrinação das entidades (não orixás) que tentam incorporar à força e também à falta de sintonia entre elas e o médium que, com medo normalmente, acaba criando barreira psíquica e energética para a entrada das energias que tem que receber antes mesmo do processo de incorporação.
Melhores explicações sobre esse tema no Livro Umbanda Sem Medo.

33- O que representa a Encruzilhada para os Umbandistas e os Exus?

R: A encruzilhada é, basicamente, um símbolo da indecisão, de uma inércia à princípio, seguida de uma tomada obrigatória de posição mais adiante. Quando chegamos a uma podemos, nos casos em que não tenhamos certeza absoluta do caminho a tomar, acabar escolhendo a pista errada com conseqüências às vezes desagradáveis. Quando chegamos a uma encruzilhada física ou psicológica em nossas vidas e nos sobrevêm as indecisões, costumamos apelar para uma ajuda física, psicológica e até mesmo espiritual no intuito de nos auxiliar na escolha do caminho ou das decisões certas a serem tomadas para que possamos continuar no rumo certo de nossas vidas.
A figura de Exu e Pomba Gira como "donos das Encruzilhadas" nos remete à ideía de que essa ajuda (no caso dela vir a ser espiritual) nos possa ser revelada por essas entidades que, por existirem em Planos Espirituais bem próximos ao nosso - o físico - também têm maior facilidade de comunicação com os encarnados e, por causa disto, poderem ser eles os que mais facilmente nos encaminhariam para o lado certo a nos dirigir.
Oferendas eram e são feitas em encruzilhadas quando é necessária uma tomada de posição radical em relação a determinado assunto, justamente buscando, ao agradar o "dono" ou "dona", trazer para o nosso lado a amizade e a boa orientação e até, porque não dizer, uma "forcinha". Mas se por um lado podemos encontrar nas encruzilhadas físicas das ruas bons Exus, também corremos o risco de, ao estarmos tentando nos comunicar, o façamos com o que costumamos chamar de kiumbas, rabos de encruza, etc, que por ali também transitam. Por isso, nunca é demais realçarmos que trabalhos em encruzilhadas podem também ser "facas de dois gumes", pricipalmente para ingênuos que acham que só por estarem ali com suas oferendas, já estarão acompanhados de bons amigos ... Não é bem assim não e muita firmeza anterior é bom que seja feita junto aos Guias e Protetores que, aí sim, nos acompanharão até lá, se for o caso.

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