terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

A difícil arte de incorporar


Amigos,

Esse é sempre um assunto complicado de abordar e é o maior motivo de mistérios dentro de religiões que usam de tal mecanismo como parte do trabalho. Simplesmente porque incorporação é um ato único para cada indivíduo.
Podemos até encontrar algumas similaridades entre um ou outro médium, mas a experiência, as sensações e tudo o que envolve a incorporação é completamente único.
Por que?
Porque incorporar leva em consideração uma série de experiências extremamente individuais, a linha de vida da pessoa, o próprio intelecto, o subconsciente e uma série de outras pequenas coisas.
Incorporar, em suma, é realizar um trabalho em equipe. O médium e o Guia comunicante se sintonizam de alguma forma para transmitir uma mensagem. Essa conexão, contudo, tem múltiplas facetas. E isso depende da compreensão do médium e da forma de comunicação do Guia.
Alguns preferem uma incorporação mais tranquila, mais calma, um simples contato mental. Outros, necessitam de algo mais físico, até fisiológico para compreender a conexão. Em ambos os casos, a comunicação é feita e, em ambos os casos, a influência do médium é necessária.
Sempre me perguntam como fazer para identificar, quando incorporado, o que é o Guia falando e o que é o médium falando. E eu sempre digo: é sempre o médium falando. E é sempre o Guia falando.
Esse é o significado de “equipe”, são duas pessoas responsáveis pelo que acontece. O Guia passa sim informações ao médium, não só o que falar mas como se portar. Mas cabe ao médium dar vazão a isso ou não. Em todos os casos, a responsabilidade é sempre compartilhada.
Não adianta tentar traçar essa linha, o que é médium e o que é Guia. Ela não existe. Por isso o que acontece é tão mágico e tão sério: Porque é a oportunidade perfeita para o médium aprender não só a ajudar, mas a se ajudar também. Muitos dos conselhos dados durante um passe, por exemplo, são experiências vividas pelo próprio médium. São coisas da nossa vida que, às vezes, não queremos ver, nos esquecemos ou não damos importância. O que o Guia faz, nesses casos, é só ressuscitar tal aprendizado em você e compartilhá-lo.
Essa forma de pensar também evita equívocos do tipo “tal pessoa não está incorporada”. Se você pensa que incorporar é um espírito sair do corpo e dar lugar a outro, então com certeza o médium não estará incorporado. Mas isso é realmente importante?
Para mim, durante um passe, o importante era ouvir um conselho dado por uma pessoa que pouco me conhece, alguém que consegue ver o problema por outros ângulos que não o meu. Claro, uma pequena mandinga, que tem a ver com o realinhamento energético ou a mudança de pensamento a fim de afastar um verdugo também ajuda e, desde que isso funcione, pouco me importa se o médium está incorporado ou não.
Para mim, ver as coisas de outra forma é um pouco de prepotência… ou covardia. Ou falta de vontade de aprender, talvez. De qualquer forma, é uma boa forma de perder seu tempo.

Abs.

Autor: Nino Denani
Fonte: Arte Folk

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