terça-feira, 26 de junho de 2018

Auto Perdão - por Divaldo Franco

O auto perdão é essencial para uma existência emocional tranquila.
Todos têm o dever de perdoar-se, buscando não reincidir no mesmo compromisso negativo, desamarrando-se dos cipós constringentes do remorso.
Seja qual for a gravidade do ato infeliz, é possível repará-lo quando se está disposto a fazê-lo, recobrando o bom humor e a alegria de viver.

Em face do auto perdão, da necessidade de paz interior inadiável, surge o desafio do perdão ao próximo, àquele que se tem transformado em algoz, em adversário contínuo 
da paz.

Uma postura psicológica ajuda de maneira eficaz e rápida o processo do perdão, que consiste na análise do ato, tendo em vista que o outro, o perseguidor, está enfermo, 
que ele é infeliz, que a sua peçonha caracteriza lhe o estado de inferioridade.
Mediante este enfoque surge um sentimento de compaixão que se desenvolve, diminuindo a reação emocional da revolta ou do ódio, ou da necessidade de revide, descendo ao mesmo nível em que ele se encontra.

O célebre cientista norte-americano Booker T. Washington, que sofreu perseguições inomináveis pelo fato de ser negro, e que muito ofereceu à cultura e à agricultura do seu país, asseverou com nobreza: Não permita que alguém o rebaixe tanto a ponto de você vir a odiá-lo.

Desejava dizer que ninguém deve aceitar a ojeriza de outrem, o seu ódio e o seu desdém a ponto de sintonizar na mesma faixa de inferioridade.
Permanecer acima da ofensa, não deixar-se atingir pela agressão moral, constituem o antídoto para o ódio de fácil irrupção.

Sem dúvida, existem os invejosos, que se comprazem em denegrir aquele a quem consideram rival, por não poderem ultrapassá-lo; também enxameiam os odientos, 

que não se permitem acompanhar a ascensão do próximo, optando por criar-lhes
todos os embaraços possíveis; são numerosos os poltrões que detestam os lidadores, porque pensam que os colocam em postura inferior e se movimentam para dificultar-lhes 
a marcha ascensional; são incontáveis aqueles que perderam o respeito por si mesmos e auto realizam-se agredindo os lidadores do dever e da ordem, a fim de nivelá-los em sua faixa moral inferior.

Por: Joanna de Angelis pelo médium Divaldo Franco

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