Um dos momentos mais importantes de um trabalho mediúnico é a aplicação de passes nas pessoas da assistência, especialmente nos trabalhos de cura da Linha do Oriente.
Abaixo explicações teóricas sobre a aplicação de passes, segundo a doutrina espírita, mais que pode ser adaptada aos trabalhos de Umbanda.
Já que em todos os Terreiros, os médiuns incorporados ou não, aplicam passes nos membros da assistência.
Em "A Gênese - Capítulo XIV - item 33", Allan Kardec nos demonstra que a ação magnética pode produzir-se por diversas formas:
Pelo próprio fluido do magnetizador (passista).
Pelos fluidos do Espírito (desencarnado).
Pelos fluidos do Espírito (desencarnado) combinando com os fluidos do magnetizador (passista).
Também devemos considerar o passe em relação aos seguintes fatores:
Distância
Perto (em torno de 25 cm) - ATIVANTE
Longe (a partir de 30 cm) - CALMANTE
Velocidade
Lento - CONCENTRADOR (Quanto mais lento mais concentra)
Rápido - DISPERSIVO ( Quanto mais rápido mais dispersivo)
O concentrador ajuda a "incorporação", enquanto o dispersivo, evita que a manifestação ocorra.
Tipos de Passes
A ação magnética pode produzir-se de várias maneiras; assim é que classificamos os passes em:
Espirituais
Magnéticos
Mediúnicos
Mistos
Espirituais
É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida pelo Espírito que veio assisti-lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores do que aqueles que podemos contar em nossas residências, só com a ajuda do nosso anjo da guarda.
Os Espíritos se utilizam dos seus próprios fluidos e atuam diretamente e sem intermediários sobre encarnados. Os fluidos são manipulados pelos Espíritos passistas, que se utilizam de seus próprios fluidos, dos fluidos dos auxiliares, de fluidos da Natureza, tais como plantas medicinais e, também de fluidos de médiuns à distância.
Magnéticos
É o tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética existente no próprio corpo espiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam segundo a condição moral do passista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Como vimos, isso acontece porque os Espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos mais carentes. Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passista ou magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questão 176:
"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".
Transmitidos pelo médium que doa de seus próprios fluidos, de sua própria força irradiante, de suas energias fluídicas.
Magnetizador é aquele indivíduo saturado de fluido vital e que através da vontade - atributo essencial do espírito - usa seu fluido magnético, atua sobre ele, dando-lhe as qualidades necessárias.
No caso do passe magnético não é o fluido dos espíritos desencarnados, apenas eles atuam fortalecendo a vontade do doador.
Pesquisando as teorias kardequianas, vamos encontrar na Revista Espírita - ano VII - janeiro de 1864 - página 7, importante estudo, que elucida um pouco mais o assunto:
"...Em geral o que magnetiza (passista) não pensa senão em desdobrar essa força fluídica, derramar seu próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus cuidados. Sem se ocupar se há ou não uma Providência interessada no caso, tanto ou mais que ele. Agindo só, não pode obter senão o que a sua força, sozinha, pode produzir; ao passo que os médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus e a reconhecer que, por si mesmos, nada podem... Esse socorro que envia são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido benéfico que é transmitido ao doente... e que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium. Ao passo que o magnetizador (passista) ordinário se esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição de mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos".
Mediúnicos
O médium serve de veículo para os fluidos que os Espíritos derramam sobre ele. É o magnetismo misto, em que se combinam os fluidos humanos e espirituais.
Nesse passe, o médium fica em estado de transe, é envolvido pelo Espírito ou Espíritos e trabalha mediunizado. É desaconselhado este tipo de passe, pela perda parcial da vigilância necessária à boa condução dos trabalhos.
Mistos
São os passes, normalmente usados nas Casas Espíritas, por envolvem o magnetismo das pessoas, a presença dos Mentores da Casa e a presença do próprio Guia do passista, sem que haja a incorporação.
Formas de Aplicação
Poderemos conhecer as técnicas de passe que são usadas no mundo espiritual e que são descritas nas obras de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda.
Passe de Sopro - Insuflação (quente - frio) (André Luiz - Os Mensageiros - Cap. 19);
Rotatório - Circular - (André Luiz - Missionários da Luz - Cap. 19);
Dispersão - (André Luiz - Ação e Reação - Cap. 3) e (Manoel Philomeno de Miranda - Grilhões Partidos - Cap. 15)
Longitudinal - (André Luiz - Missionários da Luz - Cap. 19);
Podemos classificar as formas de aplicação em várias categorias a saber:
Imposição das mãos;
Longitudinais;
Transversais
Rotatórios;
Perpendiculares Imposição dupla ou simples;
Passes de sopro, quente ou frio
Dispersivos
que se dividem em:
Transversais cruzados
Rotatórios ou Circulares cruzados
De sopro
Passe incorporado
---------------------------------------------------------------------------
Analisemos cada um:
Imposição de Mãos
É sempre concentrador de fluidos. Pode ser dado com uma ou com as duas mãos, em um centro de força ou outro ponto qualquer. As mãos devem estar sem concentração de força, sem contração muscular e sim "soltas". Os passistas podem ser digitais ou palmares. Não faz a menor diferença. O importante é não contrariar sua natureza. Os tumores e inflamações respondem bem aos concentrados ativantes. É bom lembrar que as curas instantâneas são muito raras.
Longitudinal
São aqueles feitos ao longo do corpo, da cabeça aos pés e de cima para baixo, com as mãos abertas e os braços estendidos, normalmente, sem nenhuma contração.Com pequenas e sutis pausas em cada Centro de Força. Quando usado como dispersivo é aplicado sem pausas, direto da cabeça aos pés.
Transversais
Estes passes são bons mas apresentam algum inconveniente se usados na câmara de passes, junto a outros passistas. Estende-se os dois braços para diante, as palmas para baixo, assim como os polegares e vai abrindo rapidamente os braços, no sentido horizontal, depois volta, com bastante energia a posição original. Isto deve ser feito, na cabeça, no peito, no estômago, no baixo ventre e nos pés.
Rotatórios ou Circulares
São executados com as palmas das mãos girando suavemente, da direita para a esquerda e vice-versa. São também conhecidos como fricções sem contato.
Perpendiculares
São aplicados com o paciente de pé. Estende as mãos sobre a cabeça do paciente, descendo-as, rapidamente, pela frente e pelas costas, ficando o passista de lado para o paciente.
Imposição dupla: Sem dúvida esta é a forma mais simples e mais comum. Estende-se as mãos sobre a cabeça ou outra parte do corpo. O passista deve ficar em profundo estado de concentração e oração.
Imposição simples: A mesma coisa de imposição dupla, apenas feita com uma mão. A outra pode fica estendida ao lado do corpo ou posicionada acima do Centro Coronário.
Sopro ou Insuflação
Esta modalidade de passes requer do passista cuidados especiais e rigorosos. É um passe rigorosamente curativo ou dispersivo, conforme a intenção da aplicação. É aplicado com a boca mais ou menos aberta, sobre as partes afetadas, insuflando ali, vigorosamente. Para que seja eficiente, é necessário que o passista as aspire ar, em grande quantidade, dilatando o tórax, para os sopros frios, ou dilatando o estômago, para os quentes. O passista deve ter boa capacidade respiratória, hálito saudável, estômago livre de emanações pesadas, Mente e palavras limpas, moralmente.
Os passes de sopro se dividem em:
Estimulantes;
Curativos;
Quentes;
Cicatrizantes Frios;
Calmantes;
Descongestionante;
Revigorantes;
Dispersador de fluidos
O sopro quente sai da boca do passista saturado de fluidos curadores, umedecido pelos vapores aquecidos pelas mucosas do estômago. Aproximar a boca do local, sem repugnância ou medo do contágio e assoprar vigorosamente. Pode-se, em casos mais repugnantes, cobrir o local com uma gaze.
O sopro frio é executado a 30cm. ou até mais de um metro. Aspira-se o ar, enchendo o tórax e soprando com os lábios quase fechados. Esta técnica é usada em pacientes que incorporem durante o passe.
Os dispersivos já exemplificamos a respeito. Relembrando: "Transversais cruzados", "Rotatórios ou Circulares cruzados" e "Sopro frio", são os mais usados.
Passe Incorporado
O passe incorporado não tem motivo para ser aplicado. Os espíritos fazem circular os fluidos pelos médiuns para o paciente. Quando o espírito necessita atuar diretamente, ele não necessita de médium. Isto gera um inconveniente pois pode acontecer de o médium estar envolvido pelo obsessor do paciente e em vez de ajudar, prejudicá-lo.
Classificação em Relação aos Centros Espíritas
Nas Casas Espíritas, como classificação de trabalho, eles podem ser:
Individuais;
Coletivos;
Padronizados;
Livres;
À distância e
Em domicílio.
Fluidoterapia - Explicações necessárias
A fluidoterapia é uma técnica que os médiuns, usando fluidos energizados, utilizam para o tratamento das enfermidades físicas e espirituais. Aplicados sobre o perispírito, eles são absorvidos à semelhança de uma esponja. É a conhecida terapia do passe, praticada nos centros espíritas.
As operações espirituais também pertencem a esta área de serviços porque são atividades ligadas à manipulação de fluidos humanos e espirituais. Classificam-se, porém, como fenômenos de características próprias. Por estarem intimamente ligadas à mediunidade curadora, a equipe envolvida nesse trabalho deverá ter, entre seus membros, um ou mais médiuns curadores.
Estes trabalhos são assistidos por entidades desencarnadas, ligadas ao campo da medicina, conhecedoras de particularidades relativas à saúde físico-espiritual dos pacientes e à lei de causa e efeito.
Quando se considera o serviço de passe convencional, a magnetização dos pacientes não exige nenhuma condição especial para se realizar. Qualquer trabalhador ou Espírito esclarecido poderá ministrá-los com bom aproveitamento, sem maiores exigências. Já na cirurgia perispiritual ela só será concretizada com a presença de médiuns curadores no ambiente, assistidos por Espíritos de médicos desencarnados Pode-se dizer que os papéis do médium curador e dos Espíritos cirurgiões seriam os mesmos do farmacêutico e dos médicos. Enquanto o papel do primeiro é o de ministrar a medicação (fluidos e energias humanas), o desses últimos é o de examinarem cada caso, fazer diagnósticos, prescrever tratamentos fluídicos e, se necessário, realizar cirurgias nos tecidos perispirituais.
Enquanto do lado de cá bastam a imposição de mãos, a prece fervorosa, a conduta moral sadia e a disciplina mediúnica, do lado de lá se desenrola a complexidade das tarefas curativas: a desobsessão (em alguns casos), os procedimentos cirúrgicos, a escolha e seleção de elementos fluídicos a serem utilizados e o estudo das possibilidades de cura ou melhoria das doenças do paciente, frente às suas necessidades evolutivas.
Fechando o Assunto
Passe magnético misto:
Por imposição da(s) mão(s), individual (um passista para cada paciente), sem toque, onde são utilizados os fluidos do médium mais os fluidos dos Espíritos, em favor do processo de cura, inclusive para os grupos de tratamento de desobsessão, que se opera no perispírito e no plano espiritual. Esse processo chama-se fluidoterapia, ou seja, tratamento pelos fluidos, de responsabilidade dos Espíritos.
Passe espiritual:
Aplicado diretamente pelos Espíritos do auxílio magnético, dispensando a presença do médium.
Passe coletivo:
Dado coletivamente numa assembléia (um passista para vários pacientes), com a manipulação dos fluidos a cargo dos Espíritos.
Passe à distância:
É uma modalidade de irradiação muito usada nas Casas Espíritas e que exige prévio aviso àquele que vai receber (nome, endereço, doença, dia e hora da mentalização), com a finalidade de estabelecer sintonia entre o médium que o administra e aquele que o recebe.
Autopasse:
É o passe dado em si mesmo; a prece fervorosa produz efeito de uma magnetização, não só chamando a ajuda dos bons Espíritos, mas dirigindo ao pedinte uma salutar corrente fluídica.
O sopro:
Na visão de André Luiz, embora seja estimulante e eficaz como processo terapêutico, ele só é recomendável àqueles que se enquadram nas regras de boa saúde e higiene, conforme exposto na obra Os Mensageiros.
Essa ressalva é necessária, uma vez que nem todos possuem um organismo (em especial a boca) realmente sádio.
A prece como autopasse
Assim como o homem através dos seus fluidos pode influenciar o seu semelhante, presente ou a distância, pode também agir sobre si mesmo.
O autopasse requer concentração para poder colocar-se na posição de receptor. A seguir, é necessária a meditação e a prece fervorosa. Segundo André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, "A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai".
A prece fervorosa, associada à fé na ajuda espiritual, acelera as nossas vibrações, facilitando a ligação com os benfeitores.
A prece impulsiona nossas energias para o alto e atrai as energias espirituais que, somadas às nossas, voltam sobre nós, trazendo fluidos renovadores, a fim de conseguirmos operar com eficiência em favor do próximo. E assim, ajudando, somos também ajudados.
Abaixo explicações teóricas sobre a aplicação de passes, segundo a doutrina espírita, mais que pode ser adaptada aos trabalhos de Umbanda.
Já que em todos os Terreiros, os médiuns incorporados ou não, aplicam passes nos membros da assistência.
Em "A Gênese - Capítulo XIV - item 33", Allan Kardec nos demonstra que a ação magnética pode produzir-se por diversas formas:
Pelo próprio fluido do magnetizador (passista).
Pelos fluidos do Espírito (desencarnado).
Pelos fluidos do Espírito (desencarnado) combinando com os fluidos do magnetizador (passista).
Também devemos considerar o passe em relação aos seguintes fatores:
Distância
Perto (em torno de 25 cm) - ATIVANTE
Longe (a partir de 30 cm) - CALMANTE
Velocidade
Lento - CONCENTRADOR (Quanto mais lento mais concentra)
Rápido - DISPERSIVO ( Quanto mais rápido mais dispersivo)
O concentrador ajuda a "incorporação", enquanto o dispersivo, evita que a manifestação ocorra.
Tipos de Passes
A ação magnética pode produzir-se de várias maneiras; assim é que classificamos os passes em:
Espirituais
Magnéticos
Mediúnicos
Mistos
Espirituais
É uma espécie de magnetização feita pelos bons Espíritos, sem intermediários, diretamente no perispírito das pessoas enfermas ou perturbadas. No passe espiritual o necessitado não recebe fluidos magnéticos de médiuns, mas outros, mais finos e puros, trazidos dos planos superiores da Vida pelo Espírito que veio assisti-lo.
Pelo fato de não estar misturado ao fluido animalizado, o passe espiritual é bem mais limitado que as outras modalidades de passes. Com isso, pode-se compreender que os recursos oferecidos nas reuniões públicas de Espiritismo, onde participam grande quantidade de encarnados e Espíritos desencarnados, são bem maiores do que aqueles que podemos contar em nossas residências, só com a ajuda do nosso anjo da guarda.
Os Espíritos se utilizam dos seus próprios fluidos e atuam diretamente e sem intermediários sobre encarnados. Os fluidos são manipulados pelos Espíritos passistas, que se utilizam de seus próprios fluidos, dos fluidos dos auxiliares, de fluidos da Natureza, tais como plantas medicinais e, também de fluidos de médiuns à distância.
Magnéticos
É o tipo de passe em que a pessoa doa apenas seus fluidos, utilizando a força magnética existente no próprio corpo espiritual. Pelo menos em tese, qualquer criatura pode ministrá-lo. Suas qualidades variam segundo a condição moral do passista, sua capacidade de doar fluidos e seu desejo sincero de amparar o próximo.
No passe magnético, geralmente se recebe assistência espiritual. Como vimos, isso acontece porque os Espíritos superiores sempre ajudam aqueles que, imbuídos de boa vontade, atendem aos mais carentes. Lembramos aqui, que o socorro dos Benfeitores é independente da crença que o passista ou magnetizador possa ter em Deus ou na Espiritualidade. Os Espíritos disseram a Allan Kardec, em "O Livro dos Médiuns", questão 176:
"...muito embora uma pessoa desejosa de fazer o bem não acredite em Deus, Deus acredita nela".
Transmitidos pelo médium que doa de seus próprios fluidos, de sua própria força irradiante, de suas energias fluídicas.
Magnetizador é aquele indivíduo saturado de fluido vital e que através da vontade - atributo essencial do espírito - usa seu fluido magnético, atua sobre ele, dando-lhe as qualidades necessárias.
No caso do passe magnético não é o fluido dos espíritos desencarnados, apenas eles atuam fortalecendo a vontade do doador.
Pesquisando as teorias kardequianas, vamos encontrar na Revista Espírita - ano VII - janeiro de 1864 - página 7, importante estudo, que elucida um pouco mais o assunto:
"...Em geral o que magnetiza (passista) não pensa senão em desdobrar essa força fluídica, derramar seu próprio fluido sobre o paciente submetido aos seus cuidados. Sem se ocupar se há ou não uma Providência interessada no caso, tanto ou mais que ele. Agindo só, não pode obter senão o que a sua força, sozinha, pode produzir; ao passo que os médiuns curadores começam por elevar sua alma a Deus e a reconhecer que, por si mesmos, nada podem... Esse socorro que envia são os bons Espíritos que vêm penetrar o médium de seu fluido benéfico que é transmitido ao doente... e que são devidas simplesmente à natureza do fluido derramado sobre o médium. Ao passo que o magnetizador (passista) ordinário se esgota, por vezes em vão, a fazer passes, o médium curador infiltra um fluido regenerador pela simples imposição de mãos, graças ao concurso dos bons Espíritos".
Mediúnicos
O médium serve de veículo para os fluidos que os Espíritos derramam sobre ele. É o magnetismo misto, em que se combinam os fluidos humanos e espirituais.
Nesse passe, o médium fica em estado de transe, é envolvido pelo Espírito ou Espíritos e trabalha mediunizado. É desaconselhado este tipo de passe, pela perda parcial da vigilância necessária à boa condução dos trabalhos.
Mistos
São os passes, normalmente usados nas Casas Espíritas, por envolvem o magnetismo das pessoas, a presença dos Mentores da Casa e a presença do próprio Guia do passista, sem que haja a incorporação.
Formas de Aplicação
Poderemos conhecer as técnicas de passe que são usadas no mundo espiritual e que são descritas nas obras de André Luiz e Manoel Philomeno de Miranda.
Passe de Sopro - Insuflação (quente - frio) (André Luiz - Os Mensageiros - Cap. 19);
Rotatório - Circular - (André Luiz - Missionários da Luz - Cap. 19);
Dispersão - (André Luiz - Ação e Reação - Cap. 3) e (Manoel Philomeno de Miranda - Grilhões Partidos - Cap. 15)
Longitudinal - (André Luiz - Missionários da Luz - Cap. 19);
Podemos classificar as formas de aplicação em várias categorias a saber:
Imposição das mãos;
Longitudinais;
Transversais
Rotatórios;
Perpendiculares Imposição dupla ou simples;
Passes de sopro, quente ou frio
Dispersivos
que se dividem em:
Transversais cruzados
Rotatórios ou Circulares cruzados
De sopro
Passe incorporado
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Analisemos cada um:
Imposição de Mãos
É sempre concentrador de fluidos. Pode ser dado com uma ou com as duas mãos, em um centro de força ou outro ponto qualquer. As mãos devem estar sem concentração de força, sem contração muscular e sim "soltas". Os passistas podem ser digitais ou palmares. Não faz a menor diferença. O importante é não contrariar sua natureza. Os tumores e inflamações respondem bem aos concentrados ativantes. É bom lembrar que as curas instantâneas são muito raras.
Longitudinal
São aqueles feitos ao longo do corpo, da cabeça aos pés e de cima para baixo, com as mãos abertas e os braços estendidos, normalmente, sem nenhuma contração.Com pequenas e sutis pausas em cada Centro de Força. Quando usado como dispersivo é aplicado sem pausas, direto da cabeça aos pés.
Transversais
Estes passes são bons mas apresentam algum inconveniente se usados na câmara de passes, junto a outros passistas. Estende-se os dois braços para diante, as palmas para baixo, assim como os polegares e vai abrindo rapidamente os braços, no sentido horizontal, depois volta, com bastante energia a posição original. Isto deve ser feito, na cabeça, no peito, no estômago, no baixo ventre e nos pés.
Rotatórios ou Circulares
São executados com as palmas das mãos girando suavemente, da direita para a esquerda e vice-versa. São também conhecidos como fricções sem contato.
Perpendiculares
São aplicados com o paciente de pé. Estende as mãos sobre a cabeça do paciente, descendo-as, rapidamente, pela frente e pelas costas, ficando o passista de lado para o paciente.
Imposição dupla: Sem dúvida esta é a forma mais simples e mais comum. Estende-se as mãos sobre a cabeça ou outra parte do corpo. O passista deve ficar em profundo estado de concentração e oração.
Imposição simples: A mesma coisa de imposição dupla, apenas feita com uma mão. A outra pode fica estendida ao lado do corpo ou posicionada acima do Centro Coronário.
Sopro ou Insuflação
Esta modalidade de passes requer do passista cuidados especiais e rigorosos. É um passe rigorosamente curativo ou dispersivo, conforme a intenção da aplicação. É aplicado com a boca mais ou menos aberta, sobre as partes afetadas, insuflando ali, vigorosamente. Para que seja eficiente, é necessário que o passista as aspire ar, em grande quantidade, dilatando o tórax, para os sopros frios, ou dilatando o estômago, para os quentes. O passista deve ter boa capacidade respiratória, hálito saudável, estômago livre de emanações pesadas, Mente e palavras limpas, moralmente.
Os passes de sopro se dividem em:
Estimulantes;
Curativos;
Quentes;
Cicatrizantes Frios;
Calmantes;
Descongestionante;
Revigorantes;
Dispersador de fluidos
O sopro quente sai da boca do passista saturado de fluidos curadores, umedecido pelos vapores aquecidos pelas mucosas do estômago. Aproximar a boca do local, sem repugnância ou medo do contágio e assoprar vigorosamente. Pode-se, em casos mais repugnantes, cobrir o local com uma gaze.
O sopro frio é executado a 30cm. ou até mais de um metro. Aspira-se o ar, enchendo o tórax e soprando com os lábios quase fechados. Esta técnica é usada em pacientes que incorporem durante o passe.
Os dispersivos já exemplificamos a respeito. Relembrando: "Transversais cruzados", "Rotatórios ou Circulares cruzados" e "Sopro frio", são os mais usados.
Passe Incorporado
O passe incorporado não tem motivo para ser aplicado. Os espíritos fazem circular os fluidos pelos médiuns para o paciente. Quando o espírito necessita atuar diretamente, ele não necessita de médium. Isto gera um inconveniente pois pode acontecer de o médium estar envolvido pelo obsessor do paciente e em vez de ajudar, prejudicá-lo.
Classificação em Relação aos Centros Espíritas
Nas Casas Espíritas, como classificação de trabalho, eles podem ser:
Individuais;
Coletivos;
Padronizados;
Livres;
À distância e
Em domicílio.
Fluidoterapia - Explicações necessárias
A fluidoterapia é uma técnica que os médiuns, usando fluidos energizados, utilizam para o tratamento das enfermidades físicas e espirituais. Aplicados sobre o perispírito, eles são absorvidos à semelhança de uma esponja. É a conhecida terapia do passe, praticada nos centros espíritas.
As operações espirituais também pertencem a esta área de serviços porque são atividades ligadas à manipulação de fluidos humanos e espirituais. Classificam-se, porém, como fenômenos de características próprias. Por estarem intimamente ligadas à mediunidade curadora, a equipe envolvida nesse trabalho deverá ter, entre seus membros, um ou mais médiuns curadores.
Estes trabalhos são assistidos por entidades desencarnadas, ligadas ao campo da medicina, conhecedoras de particularidades relativas à saúde físico-espiritual dos pacientes e à lei de causa e efeito.
Quando se considera o serviço de passe convencional, a magnetização dos pacientes não exige nenhuma condição especial para se realizar. Qualquer trabalhador ou Espírito esclarecido poderá ministrá-los com bom aproveitamento, sem maiores exigências. Já na cirurgia perispiritual ela só será concretizada com a presença de médiuns curadores no ambiente, assistidos por Espíritos de médicos desencarnados Pode-se dizer que os papéis do médium curador e dos Espíritos cirurgiões seriam os mesmos do farmacêutico e dos médicos. Enquanto o papel do primeiro é o de ministrar a medicação (fluidos e energias humanas), o desses últimos é o de examinarem cada caso, fazer diagnósticos, prescrever tratamentos fluídicos e, se necessário, realizar cirurgias nos tecidos perispirituais.
Enquanto do lado de cá bastam a imposição de mãos, a prece fervorosa, a conduta moral sadia e a disciplina mediúnica, do lado de lá se desenrola a complexidade das tarefas curativas: a desobsessão (em alguns casos), os procedimentos cirúrgicos, a escolha e seleção de elementos fluídicos a serem utilizados e o estudo das possibilidades de cura ou melhoria das doenças do paciente, frente às suas necessidades evolutivas.
Fechando o Assunto
Passe magnético misto:
Por imposição da(s) mão(s), individual (um passista para cada paciente), sem toque, onde são utilizados os fluidos do médium mais os fluidos dos Espíritos, em favor do processo de cura, inclusive para os grupos de tratamento de desobsessão, que se opera no perispírito e no plano espiritual. Esse processo chama-se fluidoterapia, ou seja, tratamento pelos fluidos, de responsabilidade dos Espíritos.
Passe espiritual:
Aplicado diretamente pelos Espíritos do auxílio magnético, dispensando a presença do médium.
Passe coletivo:
Dado coletivamente numa assembléia (um passista para vários pacientes), com a manipulação dos fluidos a cargo dos Espíritos.
Passe à distância:
É uma modalidade de irradiação muito usada nas Casas Espíritas e que exige prévio aviso àquele que vai receber (nome, endereço, doença, dia e hora da mentalização), com a finalidade de estabelecer sintonia entre o médium que o administra e aquele que o recebe.
Autopasse:
É o passe dado em si mesmo; a prece fervorosa produz efeito de uma magnetização, não só chamando a ajuda dos bons Espíritos, mas dirigindo ao pedinte uma salutar corrente fluídica.
O sopro:
Na visão de André Luiz, embora seja estimulante e eficaz como processo terapêutico, ele só é recomendável àqueles que se enquadram nas regras de boa saúde e higiene, conforme exposto na obra Os Mensageiros.
Essa ressalva é necessária, uma vez que nem todos possuem um organismo (em especial a boca) realmente sádio.
A prece como autopasse
Assim como o homem através dos seus fluidos pode influenciar o seu semelhante, presente ou a distância, pode também agir sobre si mesmo.
O autopasse requer concentração para poder colocar-se na posição de receptor. A seguir, é necessária a meditação e a prece fervorosa. Segundo André Luiz, Nos Domínios da Mediunidade, "A oração é prodigioso banho de forças, tal a vigorosa corrente mental que atrai".
A prece fervorosa, associada à fé na ajuda espiritual, acelera as nossas vibrações, facilitando a ligação com os benfeitores.
A prece impulsiona nossas energias para o alto e atrai as energias espirituais que, somadas às nossas, voltam sobre nós, trazendo fluidos renovadores, a fim de conseguirmos operar com eficiência em favor do próximo. E assim, ajudando, somos também ajudados.
OS PASSES NA UMBANDA
Os passes na Umbanda são direcionados pela entidade incorporada ao médium e os movimentos, duração e intensidade variam de entidade para entidade e de acordo com o caso em questão e o tipo de trabalho realizado.
Os passes podem ser aplicados por entidades de todas as linhas: Caboclos, Pretos Velhos, Erês (crianças), Baianos, Boiadeiros, Ciganos, Mestres e guias do Oriente, Exús e Pombas Giras. Embora alguns dirigentes não usem com a frequência que deveriam os passes dos Guardiões, o que é uma pena, pois quem recebe um bom passe dessas entidades, sente-se leve, descarregado e altamente revigorado.
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