domingo, 30 de abril de 2017

Um estudo sobre Candomblé



HISTÓRICO
O Candomblé é uma religião originária da África, trazida ao Brasil pelos negros escravizados na época
da colonização brasileira. A presença das religiões africanas é uma conseqüência imprevista do tráfico
dos escravos, que determinou a afluência de cativos Gegês e Nagôs (Daomeanos e Yorubás), trazidos
da Costa dita dos Escravos e desembarcados, principalmente, na Bahia e em Pernambuco. 
A extraordinária resistência oposta pelas religiões africanas às formas de alienação e de extermínio
haveria de surpreender. A religião foi tolerada porque os senhores julgavam as danças e os batuques
simples divertimentos de negros nostálgicos, úteis para que eles guardassem a lembrança de suas
origens diversas e de seus sentimentos de aversão recíproca. 
O Candomblé se difundiu no Brasil no século passado, com a migração de africanos como escravos
para os senhores de terra. A população escrava no Brasil consistia quase totalmente de negros de
Angola. No momento da chegada dos nagôs, um século e meio de escravidão havia passado,
distribalizando o negro e apagando seus costumes, crenças e sua língua nacional. Mas o elemento
africano, resistiu e criou uma forma de cultuar seus deuses através do sincretismo com os santos
católicos. 
Mesmo levando em conta a pressão social e religiosa, era relativamente fácil para os escravos, na
sonolência geral, reinstalar na Bahia as crenças e práticas religiosas que trouxera da África, pois, a
igreja católica estava cansada do esforço despendido na criação de irmandades de negros como
tentativa de anular toda sua cultura, mas todos os meses novas levas de escravos, adeptos ao culto
aos Orixás, desembarcavam na Bahia. 
Por volta de 1830 três negras conseguiram fundar o primeiro templo de sua religião na Bahia,
conhecida como Ylê Yá Nassó, casa da mãe Nassó. (Nassó seria o título de princesa de uma cidade
natal da costa da África). Esta seria a primeira a resistir às opressões católicas, desta casa se originam
mais três que sobrevivem até hoje e que fazem parte do grande Candomblé da Bahia, sendo elas: O
Engenho velho ou Casa Branca, Gantóis, cuja ilustre dirigente foi mãe menininha do gantóis (falecida
em 1986) e do Alaketu. 
Os Candomblés se diversificaram desde 1830, a medida que a religião dos nagôs se firmava, primeiro
entre os escravos e for fim, no seio do povo. Hoje há quatro tipos de Candomblé ou Candomblé de
quatro nações: Kêtu (povo nagô), Jêje (povo nagô, mas obedientes a uma outra cultura), Angolacongo (povo bantu, este culto é mais abrasileirado) e de caboclo (cultuam mais os caboclos, mistura-se
com a Umbanda). 
O Candomblé baseia-se no culto aos Orixás, deuses oriundas das quatro forças da natureza: Terra,
Fogo, Água e Ar. Os Orixás são, portanto, forças energéticas, desprovidas de um corpo material. Sua
manifestação básica para os seres humanos se dá por meio da incorporação. O ser escolhido pelo
orixá, um dos seus descendentes, é chamado de elegum, aquele que tem o privilégio de ser montado
por ele. Torna-se o veículo que permite ao orixá voltar à Terra para saudar e receber as provas de
respeito de seus descendentes que o evocaram. Cada orixá tem as suas cores, que vibram em seu
elemento visto que são energias da natureza, seus animais, suas comidas, seus toques (cânticos), suas
saudações, suas insígnias, as suas preferências e suas antipatias, e aí daquele que devendo obediência
os irrita. 
A síntese de todo o processo seria a busca de um equilíbrio energético entre os seres materiais
habitantes da Terra e a energia dos seres que habitam o orum, o suprareal (que tanto poderia
localizar-se no céu - como na tradição cristã - como no interior da Terra, ou ainda numa dimensão
estranha a essas duas, de acordo com diferentes visões apresentadas por nações e tribos diferentes).
Cada ser humano teria um orixá protetor, ao entrar em contato com ele por intermédio dos rituais,
estaria cumprindo uma série de obrigações. Em troca, obteria um maior poder sobre suas próprias
reservas energéticas, dessa forma teria mais equilíbrio. 
Cada pessoa tem dois Orixás. Um deles mantém o status de principal, é chamado de orixá de cabeça,
que faz seu filho revelar suas próprias características de maneira marcada. O segundo orixá, ou ajuntó,
apesar de distinção hierárquica, tem uma revelação de poder muito forte e marca seu filho, mas de
maneira mais sutil. Um seria a personalidade mais visível exteriormente, assim como o corpo de cada
pessoa, enquanto o outro seria a face oculta de sua personalidade, menos visível aos que conhecem a
pessoa superficialmente, e às potencialidades físicas menos aparentes. 
Como qualquer outra religião do mundo, o Candomblé possui cerimoniais específicos para seus adeptos
porém, esses ritos mostram singularidades especialíssimas, como a leitura de búzios (um primeiro e
ocular contato com os Orixás), a preparação e entrega de alimentos para cada uma das entidades ou
as complexas e prolongadas iniciações dos filhos-de-santo. Através da observância desses
procedimentos é que o Candomblé religa os humanos aos seres astrais, proporcionando àqueles o
equilíbrio desejado na existência.

O CANDOMBLÉ a uma estrutura de culto às forças da natureza, a um hino à vida como Eterno
Movimento, que se manifesta nas danças, nas cores dos ORIXÁS, nos alimentos sacramentais. Ritual
comunitário de cantos, danças e alimentos sagrados na sua forma pública, o Candomblé é
sacramentado pelo Pai ou Mãe de Santo, pelos Filhos de Santo, pelos tocadores de atabaque (OGAN),
que entoam os cantos sagrados possibilitando a vinda do ORIXÁ, com a participação da comunidade
dos mais velhos às criancinhas. Todos cantam e saúdam os ORIXÁS, executam a dança sagrada, num
hino à Alegria, Amor e Partilha.
O CANDOMBLÉ se expressa nos terreiros ou roças, onde se cultuam os ORIXÁS e os ancestrais
ilustres. O terreiro contém dois espaços, com características e funções diferentes: (a) um espaço
urbano, construído, onde se dá a dança; (b) um espaço virgem (árvores e uma fonte, equivalentes à
floresta africana), que é considerado sagrado.
O chefe supremo do terreiro é o BABALORIXIÁ ou IYALORIXÁ (pai ou mãe que possuem o
ORIXÁ). Eles são detentores de um poder sobrenatural - o AXÉ, a força propulsora de todo Universo. O
AXÉ impulsiona a prática sagrada que, por sua vez, realimenta o AXÉ, pondo todo sistema em
movimento. O AXÉ sendo principio e força é neutro. Transmite-se, aplica-se e combina-se aos
elementos naturais, que contam e expressam o AXÉ do terreiro, que pode ser: (a) o AXÉ de cada
ORIXÁ, realimentado através das oferendas e da ação ritual; (b) o AXÉ de cada membro do terreiro,
somado ao do seu ORIXÁ, recebido na iniciação, mais o AXÉ do seu destino individual (ODU) e o
herdado dos próprios ancestrais; (c) o AXÉ dos antepassados ilustres.
O AXÉ como força pode diminuir ou aumentar dependendo da prática litúrgica e rigorosa
observância dos deveres e obrigações. A força do AXÉ é contida e transmitida através de elementos
representativos do reino vegetal, animal e mineral (oferendas) e podem ser agrupados em três
categorias: (a) sangue vermelho do reino animal (sangue), vegetal (azeite de dendê) e mineral
(cobre); (b) sangue branco do reino animal (sêmen, a saliva), vegetal (seiva), mineral (giz); (c)
sangue preto do reino animal (cinzas de animais), vegetal (sumo escuro de certos vegetais) e mineral
(carvão, ferro). Estes três tipos de sangue, por onde veicula o AXÉ, com sua coloração, vai determinar
a fundamental importância da cor no culto. Resumindo: o AXÉ é, portanto, um poder que se recebe,
partilha-se e distribuí-se através da prática ritual, da experiência mística e iniciática, conceitos e
elementos simbólicos servindo de veículo. É a força do AXÉ que permite que o ORIXÁ venha e realizese.
A existência transcorre em dois planos: o AIYE (mundo, habitação do homem) e o ORUN (além,
habitação dos ORIXÁS, mundo paralelo ao mundo real, que coexiste com todos os conteúdos deste).
Cada indivíduo, árvore, animal, cidade etc, possui um duplo espiritual e abstrato no ORUN. Os mitos
revelam que, em épocas remotas, o AIYÉ e o ORUN estavam ligados, e os homens podiam ir e vir
livremente de um local a outro. Houve, porém, a violação de uma interdição e a conseqüente
separação e o desdobramento da existência. Um mito da criação nos conta que nos primórdios, nada
existia além do ar. Quando OLORUN começou a respirar, uma parte do ar transformou-se em massa de
água, originando ORIXALÁ - o grande ORIXÄ FUNFUN do branco. O ar e as águas moveram-se
conjuntamente e uma parte deles transformou-se em bolha ou montículo uma matéria dotada de forma
- um rochedo avermelhado e lamacento. OLORUN soprou vida sobre ele e com seu hálito deu a vida a
EXU, o primeiro nascido, o procriado, o primogênito do Universo.
OLORUN abrange todo espaço e detém três poderes que regulam e mantém ativos a existência
e o Universo: IWÁ, que permite ao Universo genérico o ar, a respiração; AXÉ, que permite a existência
advir dinâmica; ABÁ, que outorga propósito e dá direção. Ou como diz o poeta Moraes Moreira em
"Pensamento Ioruba": Para tudo ser tem que ter IWA. Para vir a ser tem que ter AXÉ. Para o sempre
ser tem que ter ABÁ
Ao combinar esses três poderes de forma específica, OLORUN transmite-os aos IRUNMALÉ,
entidades divinas que remontam aos primórdios de universo, encarregados de mantê-las nas diferentes
esferas de seu domínio. Os IRUNMALÉ seriam em número de seiscentos, quatrocentos da direita (os
ORIXÁS, detentores dos poderes masculinos) e duzentos da esquerda (os EBORAS, detentores dos
poderes femininos). Os ORIXÁS são massas de movimentos lentos, serenos, de idade imemorial. Estão
dotados de um grande equilíbrio que controlam as relações do que nasce, do que morre, do que é
dado, do que deve ser resolvido. São associados à Justiça e ao equilíbrio, principio regulador dos
fenômenos cósmicos, sociais e individuais.
Vimos que quando OLORUN começou a respirar, gerou ORIXALÁ e EXU, o procriado. Na
qualidade de procriado, EXU não pode ser isolado nem classificado em qualquer categoria. Minha
homenagem ao meu BARA! Nestes escritos sobre os ORIXÁS, EXU com seu perfil psicológico e o tipo
determinante dos seus filhos, abrirão os caminhos sendo o primeiro a ser evocado.

I – CARGOS NO BARRACÃO
O candomblé é uma seita de origem africana na qual se presta culto aos Orixás. Chegou ao
Brasil através dos negros africanos, que para cá vieram como escravos, mas trouxeram consigo o AXÈ
dos ORIXÀS e a forma de cultuá-los, o que foi o princípio do que até hoje é praticado.
A hierarquia no Egbé (barracão) é fundamentada no tempo de iniciação no culto, obrigações
realizadas (“tempo de santo”), qualidade do Orixá, sexo do filho-de-santo e, especialmente, pela
indicação do Babalorixá, que o fará segundo a determinação dos Orixás.
A seguir relacionam-se alguns cargos no culto:
ATÔ-AXOGUN: Sacrificador de animais de dois pés.
AXOGUN: Sacrificador de todo tipo de animais.
ABAXÉ: Pessoa que ajuda na cozinha, ou cuida das crianças enquanto as mães estão
ocupadas.
IYÁ-BASSU: Pessoa responsável pela cozinha.
EBÂMI ou EBÔMI: Após sete anos como Iaô, ofertadas as obrigações devidas, o iniciado é
levantado EBÔMI. A situação do Iaô que passa à ebômi é modificada, pois ao receber o DEKÀ (cuia do
axé), poderá iniciar outras pessoas, assumindo a direção de outro barracão. Caso não assuma tais
responsabilidades e continue na mesma casa, assumirá funções específicas como Mãe-Pequena ou PaiPequeno, organizador de rituais, etc...
IYÁ-KEKERÊ: Substituta da YALORIXÁ, também conhecida como Mãe-Pequena
EKEDE: Cuida dos assentamentos e quartinhas do Babá, ajuda a Mãe-Criadeira, transmite
ensinamentos soa Abiãs e zela pelos Orixás durante os rituais.
DAGÃ e OSSIDAGÃ: Despacham o padê e determinadas oferendas a Exu.
IYÁ-TEBEXÉ: Dirige o canto, obedecendo às normas do ritual.
MÃO-DE-OFÁ: Conhece e colhe as ervas do culto aos Orixás.
IABÁ (IYÁBÁ): Cozinheira do culto aos Orixás.
TIBONÃ: Fiscal das cerimônias.
OGÃ: Significa padrinho.
ALABÊ: Tocador de atabaques.
OGÃNILÛ: Chefe dos alabês, os quais dirige sob ordem direta do Babalorixá.
TÁTA: Quando o Babalorixá atinge 21 anos de atividade no seu Egbé é proclamado TÁTA
(Grande Pai). Nesse caso, ele pode escolher um filho para substituí-lo, este passará à ser Babalorixá,
dando ao Táta oportunidade de elevar-se.
VODUNCES: Poucos conseguem atingir esse grau, devido às exigências, especialmente de
tempo que é de 50 anos de culto ou Chefia.
DENOMINAÇÕES DE ZELADORES:
BABALAWÔ: Pai de Segredo

BABALORIXÁ: Pai de Orixá
BABALAXÉ: Pai da Força
BABALADÊ: Pai da Coroa
BABAOXÉ: Pai do Axé
BABAEWÉ: Pai da Folha
BABAODÊ: Pai da Navalha
BABAKEKERÊ: Pai Pequeno
BABAEFUM: Pai da Pintura do Iaô.
II – TERMOS E NOMES NO RITO
Conforme dissemos, o candomblé no Brasil tem origem africana, sendo assim, utiliza termos
e nomes cuja tradição, mantém em uso corrente no culto.
A seguir, citamos alguns termos e nomes de uso freqüente:
ATABAQUES:
  
  RUM: É o maior deles, pertence ao Orixá dono do ILÊ.
   RUMPI: Menor que o Rum, seria o de tamanho médio.
   LÊ: É o menor entre os três.
   ILÛ: Pequeno atabaque usado na nação IJEXÁ.
AKIDAVÍ ( AGHIDAVÍ): É o nome dado às varas com que se toca os atabaques.
AXÉ: Princípio e poder de realização. Força que dá o movimento, sem ele tudo estaria
paralisado. É a fonte que torna possível a renovação da vida. Pode ser transmitido através de comidas
e bebidas ou pelo contato, já que pode ser transmitido a objetos e seres humanos.
Para que o Agbé possa atender à sua função de vê ter AXÉ. Para isso o “plantamos”, ou
seja, fazemos símbolos que representam pontos de culto do axé. Uma vez plantado, se fortifica
combinando todas as formas nele existentes:
(a) O Axé de cada Orixá, obtido através de oferendas, bori e iniciação.
(b) O Axé de cada membro do terreiro (Egbé), somado com os de seu Orixá, através de um
elo de ligação entre o filho-de-santo e o Orixá (Cuidado com os assentamentos e zelo
pelas coisas do Orixá, além de respeito pelos irmãos e Babalorixá.
(c) O Axé dos antepassados do Egbé, seus ilustres mortos, cujo poder é acumulado e
mantido ritualmente nos assentamentos do ILÊ-IBÓ OKU.
EWÓ: São cuidados com oque o filho-de-santo come e faz, afim de não agredir ao Orixá (é o
mesmo que quizila). Quem desobedece pode ter as mais variadas reações, tais como: enjôos,
problemas materiais, espirituais, etc...
ADÔXU: Nome dado às pessoas iniciadas no culto aos Orixás (Oxú). Pequeno cone feito de
ervas e outros axés, colocados no alto do Ori do Iaô.
ATAKÂN: Pano que envolve o peito da filha-de-santo quando está incorporada pelo Orixá.

AGOGÔ: instrumento de ferro com dois sinos, badalo, superpostos, um menor que o outro,
donde se tira som batendo-se com um pedaço de ferro.
ADJÁ: Sinos de metal, usados pelos zeladores para chamar os orixás.
ABIÃ: São filhos ou filhas-de-santo que ainda não se iniciaram, ou seja, não nasceram.
AJUNTÓ ou JUNTÓ: É o segundo Orixá que comanda a pessoa junto com o seu Orixá
assentado no Ori no dia de sua feitura.
ABASSÁ: Salão onde se realizam as cerimônias públicas do candomblé.
AYÊ: Terra (planeta).
ORUN: Além do céu.
ILÊ: Terra (chão).
ILÉ: Pombo.
Exemplos:  ILÊ-AXÉ: Casa privada destinada ao recolhimento do Iaô.
   ILÊ-IBÓ OKU: Casa onde são adorados os mortos e onde se encontram
seus assentamentos. O local deve ser guardado por sacerdotes preparados para este mistério. É
separado do resto do terreiro (Egbé), sendo conhecida também como ILÊ ISINMI.
EGBÉ: Nível, perto, roça-de-santo, terreiro.
EJÉ: Sangue.
ILARE: brado de guerra do Orixá, erradamente chamado “ilá”.
ILÁ: Quiabo.
ADOBALE: Bater cabeça ao Orixá.
DIDÊ: Levantar. Exemplo: “Didê Orixá!”
JOKÔ: Sentar.
ADUPÉ ou DUPÉ: Obrigado. Exemplo: “Adupé lowó Olorum” (obrigado à Olorum, agradeço
à Olorum)
DIJINA ou DJINA: Nome da iniciada ou iniciado.
IRUNMALÉ ou IRUNMOLÉ: São aqueles que habitam o Orum, também chamados
Irunmolés e ARA_ORUM. Usa-se essa terminologia durante as invocações, no começo dos rituais, como
por exemplo: “Awom irinwó Irunmolé ojû kofun” (Os quatrocentos Irunmolés do lado direito e os
duzentos do lado esquerdo).
OSIWAJU: O primeiro cargo, primeiro Orixá para os Yorubás (Oduduwa e Oxalá). Na Bahia
Ogum, Exu, e Oxossi.
OSI: Lado esquerdo.
OTUM: Lado Direito.
ORI: Cabeça.
PARTES EM QUE SE DIVIDE O ORI: ORI: Centro da cabeça.
ÔJU-ORI: Parte da frente.
IKÔKO ORI: Parte de trás.
OPÁ OTUM: Lado direito.
OPÁ OSI: Lado esquerdo.
IBORI ou BORI: É a cerimônia realizada dentro do culto para adoração à cabeça (ori). São
oferecidos sacrifícios ao ORI-INU e ao IGBÁ-ORI da pessoa. Durante este ritual, quaisquer que sejam
as oferendas devem ser dadas à cabeça. Todos deverão comer obi.

O OBI E SUA IMPORTÂNCIA:
O Obi é um fruto africano, produtor da noz de cola.É utilizado em quase todas as oferendas
(cerimônias). É o primeiro oferecimento que se faz à cabeça antes de qualquer obrigação. Pode ser
oferecido inteiro ou triturado pelos dentes. A massa mastigada é oferecida aos quatro lados da cabeça
e ao centro.
SAUDAÇÃO AO ORI:
“ Ori pele atete miran
atete gbeni kòósá
ko sòósa tu danil gbé
léyin ori eni ori pélé
ori aloiye eni oriba
gboboo re re yo sebe
kó yó sésé”
OJÚ-ORUN: O céu.
ORUPIN: Cargo de todos os axés das obrigações do Iaô.
OTÁ: Pedra do Santo.
Cuidados com o Otá:
- Não lavá-lo com sabão, esponja e similares;
- Não mudar sua posição;
- Limpá-lo com farinha de acaçá;
- Pode-se colocar o sumo das ervas do Axé do Orixá;
- Recomenda-se rezar para o Orixá durante o ossé;
- Colocar somente o necessário, sem exageros;
- Transmita a ele somente energias positivas;
- Evite que outras pessoas zelem por ele, a obrigação é sua.
PAÓ: Bater de palmas ritmado e específico, para demonstrar respeito, reverência e
submissão. Representa o ato de despertar os Orixás, usado antes e depois das
incorporações, oferendas, etc...
IPADÊ ou PADÊ: Significa ato de reunir. Trata-se de cerimônia pública realizada no início
de qualquer festividade (de saída de Iaô ao Axexê).

No Ipadê é oferecido a Exu:
OMI (água): que é a oferenda por excelência
I EFUN (farinha): caracteriza abundância
EPÔ (dendê): poder de gestação, ação
OTÍ (cachaça): bebida destilada de sua preferência
OYIN (mel): beleza, energia
AKAÇA: pasta feita com milho branco, enrolado na folha de bananeira (alternativo), é
feito ao por do sol.
Observação: Tipos de toques executados nas cerimônias
ALUJÁ: Toque predileto do Orixá XANGÔ.
OPANIJÉ: Toque específico de OBALUAÊ.
AGUERÊ: Toque cadenciado com duas em duas variações, uma para OXOSSI e outra
para OYÁ, mais conhecido como “Quebra-pratos”.
ADARRUM: Toque muito rápido e contínuo, usado para chamar os Orixás às cabeças dos
filhos.
BOLONÃ: Toque para bolar.
III – A DANÇA DOS ORIXÁS
As chamadas danças ritualísticas são em forma de círculo ou semicírculo (metade de um
círculo), ao redor de algum símbolo, acompanhada de sons que representam a natureza viva
(ar, fogo, animais, vento, chuva tempestade, etc...), havendo uma harmonia entre o
componente da roda e a natureza, junto aos astros.
O CÍRCULO simboliza o movimento dos astros, o poder de renovação junto à força
espiritual.
As CANTIGAS encantam os Orixás que estão relacionados aos astros.
Os PASSOS E GESTOS representam as características do Orixá.
Exemplo:
A dança de OGUM simboliza a luta, desbravamento de caminho;
A dança de NANÃ representa o embalo de uma criança;
A de OXOSSI figura a caça;
A de LOGUN mudança;
A dança de BESSÉM representa o arco-íris, céu e terra, a serpente (AIDÃ);
INHASÃ representa em sua dança os movimentos de despachar Egum, dominá-los,
espalhar o vento;

OPARÁ o ato ou ação de por fogo no mato;
XANGO figura a corte, o bater do pilão e
OXALÁ os movimentos do pombo.
IV – TIPOS DE EJÉ QUE EXISTEM
IV . 1 – SANGUE VERMELHO:
REINO ANIMAL: Corrimento menstrual, sangue humano e sangue de animais.
REINO MINERAL: Cobre, bronze, etc...
IV . 2 – SANGUE BRANCO:
REINO VEGETAL: Seiva, sumo, álcool e as bebidas brancas extraídas das palmeiras e
alguns vegetais.
 IYÊROSUN – pó branco extraído do IRÔSUN.
 ORI – MANTEIGA VEGETAL.
REINO MINERAL: Sais, giz, prata, chumbo, platina, etc...
IV . 3 – SANGUE PRETO:
REINO ANIMAL:Cinza de animais, fósseis, petróleo
REINO VEGETAL: Sumo escuro de certos vegetais como o ILÚ ÍNDICO, extraído de
diferentes tipos de árvores.
V – OS TIPOS DE MEDIUNIDADE:
MÉDIUM CONSCIÊNTE: É aquele em que a manifestação não toma por completo seus
sentidos, independentemente do tipo de entidade que esteja se manifestando (Preto-Velho,
Caboclo, Orixá). Ele escuta, enxerga, mas não tem controle sobre seus sentidos.
MÉDIUM CONSCIÊNTE DE FORMA PARCIAL: Parte dos acontecimentos ficam
registrados outros não, a entidade se encarrega de limpar sua memória. A maior parte dos
médiuns está neste nível.
MÉDIUM INCONSCIENTE: Acontece de forma mais limitada, são raros os casos, pois
envolve todo um aspecto físico, emocional e significa que este conseguiu um controle do seu
interior, entrando em transe completo.
VI – COMPORTAMENTO DO FILHO-DE-SANTO, REGRAS BÁSICAS:
• Ao entrar no portão saudar Exu: “ Laroiê Exu ! Peço licença ! “
• Ogum: “ Ogum Patacory ! Ogum Jacy Jacy ! ”
• Ir até a árvore de Bará
• Cumprimentar Ossanhe
• Cumprimentar Tempo

• Cumprimentar Oxossi
• Cumprimentar o seu Orixá
• Reverenciar o assentamento de seu Egbé
• Pedir a Benção do seu Babá e da sua Yiá
• Cumprimentar seus irmãos
• Nunca chegar da rua dando notícias boas ou ruins, sem aguardar uma oportunidade
conveniente
• Não fumar durante as obrigações nem perto das oferendas
• Não entrar na cozinha onde se prepara as oferendas para os Orixás, sem tomar
banho e descansar da rua
• Evitar certos tipos de assuntos
• Quando duas ou mais pessoas com tempo de santo estiverem conversando, não
entrar sem ser chamado nem cortar o assunto, ou mesmo passar sem pedir licença
• Durante as rezas ficar deitado de cabeça baixa.
Com essas medidas simples estarás honrando teu Orixá, a casa onde ele está assentado, o
teu Babá, a tua Tia, além de estar ensinando aos mais novos que respeito é o primeiro sinal de amor e
de força espiritual.
OBSERVAÇÕES:
 1 – Quando falamos de cumprimentar os Orixás ou saudá-los, falamos em pedir licença para
que através das saudações, do paó, Exu nos olhe com bons olhos e transmita ao Orixá que chegamos.
Assim, parte das energias negativas que adquirimos no dia-a-dia seja encaminhada pelos
coordenadores das energias negativas.
 Esta regra se aplica também, antes de entrarmos na casa de Exu, Orixá, Ronco, Ilê Ibó Oku.
Deve-se bater na porta 3 vezes a dar paó. Tal atitude faz com que evitemos tomar sustos ou vermos
coisas indesejáveis, uma vez que estamos desrespeitando o Ilê do Orixá.
 Paó significa despertar o Orixá, para que ele venha ao nosso encontro e receba nossa
homenagem. No momento em que estamos emitindo sons, estamos fazendo um elo de ligação entre
nós e o Orixá.
 2 – Para colher essabas, deve-se proceder da seguinte forma:
• Saudar Ossanhe
• Saudar Omulú, senhor da terra
• Bater paó
• Pedir ago ao orixá
• Agradecer
• Nunca retirar essabas após as 18: h, fazendo-o somente em casos de extrema
necessidade, principalmente se você não estiver preparado.
VII – ELÉKÉ

Elékés são fio de conta diferentes do Delogun, usados por aqueles que já possuem
determinado tempo de iniciação. Cabe destacar que delogun é usado pelos iniciados recentes.
O eleké indica a hierarquia no culto e fornece uma identificação com o Orixá. A tradição
exige adoração e respeito por estes elementos que não são bijuterias ou adornos, mas possuem
para nós a mesma importância que terço na Santa Igreja Católica.
Suas cores podem variar de acordo com a nação, o tipo e a qualidade do orixá, cuja
representação é dada a seguir:
EXÙ: preto, vermelho e todas as demais cores em pequena proporção.
OGUN: Azul-marinho, verde e branco.
OXOSSI: Azul claro, verde e branco.
OSSANHE: Verde musgo, branco e amarelo.
OMOLÚ: Preto, branco, marrom, vinho e coral.
OXUM: Amarelo, salmão, rosa, azul, branco, dourado.
OYÁ: Vermelho, branco, rosa e cobre.
YEMONJÁ: Azul em todas as tonalidades, branco e prateado.
BESSÉM: Amarelo, verde e as cores do arco-íris.
NANÃ: Branco, lilás e rosa.
OXALÁ: Branco.
IBEJI: Todas as cores, menos preto.
Existem cerimônias que são de grande importância para a consagração do eleké, como
por exemplo a LAVAGEM, que consiste em retirar as impurezas físicas e astrais.
No ritual da lavagem utilizam-se efusão de ervas (quinadas), que devem ser preparadas
por sete moças virgens, de preferência crianças. Enquanto as moças quinam as ervas em uma
grande bacia, os filhos da casa formam uma roda ao redor delas, rezam e batem paó.
Para esta cerimônia solene, todos devem estar de corpo limpo e respeitosamente lavar
seu eleké, sacando-o em seguida com uma pequena toalha branca. Devem ser acendidas velas para
todos os Orixás.
O período mais propício para esta cerimônia é o das águas de Oxalá ou final de ano.

VIII – LOÔROGUN
O Lôorogun é uma cerimônia fechada, ou seja, somente participam os filhos da casa.
Consiste no “fechamento” do Egbé durante a Quaresma. Este ritual evita que forças negativas
atinjam o Egbé e os filhos-de-santo, que deverão permanecer resguardados durante este período.
Para que se realize o Lôorogun são necessários os seguintes procedimentos:
- Todos devem chegar cedo ao Egbé e tomar o banho de costume;
- É indispensável a participação de todos os filhos-de-santo;
- Preparar um grande Ebó com todos os tipos de comida;

- Agradar Exu e Egun;
- Todos deverão agradecer seus Orixás e;
- Todos os Orixás deverão permanecer acesos durante a quaresma.
É evidente que todo Egbé possui seu ritual próprio e isto de ser respeitado.
A realização do Lôorogun é indispensável em um Egbé,pois o Axé é a fonte da realização
e do poder e uma vez abalado todos serão atingidos e responsáveis. Se o indivíduo se diz
filho-de-santo, às vezes com orgulho exagerado, deve saber que possui direitos e
OBRIGAÇÕES.
O final desta cerimônia é marcado pela manifestação de todos os Orixás nos filhos-desanto, que são a seguir recolhidos ao Roncó, de onde sairão com as respectivas folhas de
cada Orixá incorporado na palma da mão e comidas cruas dentro de uma sacola branca de
murim.
Na saída dos Orixás canta-se:
 “O Lôorogun eu
 O lôorogun já já
 Acajá loni ago man sãn
 O loôrogun já já”. (Bis)
Os Orixás fazem um sacudimento em todos os presentes e distribuem as comidas. Os
Ogãs e todas as demais pessoas que não estão incorporadas retiram os enfeites do Barracão
e colocam em um cesto junto com as folhas que foram usadas no sacudimento. Tudo será
despachado em lugar determinado pelo Babá.
Todos deverão levar flores para ofertar aos Orixás após a realização do sacudimento.
IX – TERMOS E PALAVRAS EM YORUBÁ
NÚMERAÇÃO EM YORUBÁ
1 : Éni, Ókan
2 : Êji
3 : Etá
4 : Erin
5 : Árun
6 : Éfá
7 : Êjê
8 : Ejó
9 : Ésan
10 : Éwá
11 : Ókanlá
12 : êjilá
13 : Étalá
14 : Érinlá
15 : Édogun
16 : Érindi lógun
17 : Étadilogun
18 : Egidilogun
19 : Ókandilogun
20 : Ôgun
Goma : ódá
Azeite : epô
Anil : Ilú
Milho : agbádô-óká
Pimenta : atá
Pimenta da costa : ataré

NOME DE ANIMAIS:
Boi ou varão : málú, akô
Ovelha : agutan, abô-agutan
Águia : idi
Cabra : agbárigbá, ewré
Avestruz : ôgôngô
Carne de vaca : eranlá
Jibóia : êré
Gato : ôlogbô,  ifé,
olofu
Jacaré : ôni kadá
Pato : pépeiyé, pekeié,
apepeié
Cachorro : aja, ajaú, adiaia
Porco : eledé,  aledá,
ledé
Galo : akukó,  akokorô,
uabaodié
Cupim : ikan
Sapo : ópoló, xenimi,
xenifidam
Veado : agburim
Elefante : erim,
adjiniju,zamba
Caracol : igbin
Coelho : ehrôrô
Coruja : owiwi
Abelha : agbón
Andorinha : olopandédé
Leão : kiniu, koji
Mosca : êxinxin
Camaleão : agemó
Bode : ôlubé, ôuko
Peru : tolótoló, taleu-taleu
Esquilo : ókéré
Formiga : káriká, êrá
Gavião : auôdi
Cavalo : exin, exie-atabexi
Borboleta : labálabá
Galinha : adié, uabaodié
Pombo : eiyêle
Rabo de cavalo : éru exin
Abutre : gunungun
Cordeiro : odó agutan
Caramujo : okotó
Égua : abô axin
Gaivota : adie ôdô
Carneiro  : abô, oubikó, eran
Galinha d’angola : coquem,
sacuê
Vaca :  aban-malu
Burro : patapá
Cágado : ajapá, logozé
Rabo grande : ouê-êyá
Periquito : alodé
Macaco : ohá, dudô
Peixe : oguri
FRUTAS:
Fruta : obi
Abacaxi: Abocatí
Banana : ógédé
Limão : rômbô êwê
Manga : mangórô
Laranja : osan ôibô
Côco : fiju, ibêpê
LEGUMES
Cebola: alubôsa
Abóbora : é ué êrê awunjé
Feijão : é ué êrê aunjé
Ervilha : orubú
Inhame : icu
Quiabo : ilá
Mandioca : gbágubá
Azedinhas : amukan
Batatas : kukundukun
Cana : irêkê
Cera : idá
UTENCÍLIOS:Prato : awô
Garrafa : igô
Faca : obé
Colher : xibi
Colher pequena : xibi kêkêrê
Colher de pau : xibi igi
Garfo : agunjé
Toalha de mesa : axó tabilé
Prato de pimenta : awô ataré
Toalha de prato : axó awô
Açucareiro : awô ijó ôibô
Xícara : ago sikara
Fósforo : ixánã
Vassoura : igbalé
Cadeira : aga-ijôkô,  idiôçu
Navalha : abe
Cama : ibusun akété,
cumbaú
Esteira : éni,  jajá
Travesseiro : irôri
Pilão : ódô
Pedra de ralar : ôló
Panela : otun, ikkô
Balde, pote : akruba
Saco grande : apô ôkê
Casa : ilê
Mesa : ajaké, tapacê,
tainguém
Carvão : egui
Teto : nlê
Rede : anda
Lâmpada, luz, clarão : tântalaiá
Quarto : jará
Banco : aputi
Cozinha : ilê-ageun
Fogão : ajeké-neulune
Candieiro de querosene :
teçu
Panela grande : odu-ikekê
Travessa, tijela de louça
vidrada : ita
Faca tridente ou garfo
tridente ou lança tridente :
obé-fará
Alguidar : oberó
Faca de ponta : obé-nuxoinxó
 
PARENTESCO :
Parentes : ará-ibatan
Avô : babá agbá
Avô patriarca : babá-nla
Avó : iyá agbá, ya-nla
Mãe : iyá, yá
Pai : babá
Filho : ómô-kurin, omam
omoborim
Filha : ómô-birin, exi
omobirim
Irmã : arábiri
Irmão mais velho : égbon
ôkurin
Irmão mais moço : aburô
ôkurin
Tio : arákurin babá, auamete
Tia : arábirin yiá
Primo : omôkurin, arakurin,
táta-mete
Prima : omôbirin, arabirin
Marido : o’kó
Senhora : ayá
Moça : o’módê birin
Rapaz : o’módê kurin
Irmão gêmeo : babassá
Esposo, marido : okorim
Esposa, mulher : obirim
Mulher favorita : yá-lé
Minha mulher : mô-obirim,
obirim-mim
Viúva : bi-egun, muturi
Noivo : okebiã
Solteiro : ikobassu
Homem : oko-okorim
Menino : ô-madê
Casado : okuamuri
     SENTIMENTOS :
Inveja : ilárá  Raiva : binu  Duvidar : xé iyémeji si Escutar : desiti
Bater, sacudir : já, bajá
Fome : ebi npá
Odiar, aborrecer : karijá
Ignorar : kómó
Praguejar : ro
Mentir : ro mó
Desprezar : gan
Falar : soro
Piedade : fun
Chamar : fun pê
Ódio : fagurômo
Tocar : gôgô
Sofrer : ran
Sono : orun nkun
Amor : ifé
Querer, amar : fé
Ignorante, ignorância: aimó
     MEDIDAS DE TEMPO:
 
 Os meses do ano : awón oxú
Janeiro : oxú kini ti ódun
Fevereiro : oxú kêji ti ódun
Março : oxú kêtá ti ódun
Abril : oxú kerin ti ódun
Maio : oxú kárun ti ódun
Junho : oxú kefá ti ódun
Julho : oxú kéjê ti ódun
Agosto : oxú kejó ti ódun
Setembro : oxú kesan ti ódun
Outubro : oxú kéwá ti ódun
Novembro : oxú kókanla ti
ódun
Dezembro : oxú kêjilá ti ódun
Ódun kan : um ano
Ódun tókójá : o ano passado
Ódun to mbó : próximo ano
Ójó-kan : um dia
Wakati : uma hora
Abó wakati : meia hora
Wakati kan pêlu ábó : uma
hora e meia
Ixéjú kan : um minuto
Ósan : aurora
Órun aú : tarde
Óganjó : meia noite
Lonim : hoje
Lanan : ontem
Nijétá : antes de ontem
Lólá : amanhã
Lótunlá : depois de amanhã
Ibéré : princípio
Ari i ósan : meio
Nijelo : passado
Opin : fim
     VESTUÁRIO:
Axó : roupa
Ubatá : sapato
Abata e Bata >: sapatos
Fila : gorro, capuz de
Obaluayê
Akêtê : chapéu
Ojá : fita, faixa
Peké-pé`é : chapéu de sol
Axó-dudu : roupa suja
Abade : toalha

 CORES:
Dudu : preto
Fin-fun, mandulé : embolo e
puti-branco
Obádo : verde
Elvikei : vermelho
Okâm : azul
Mucumbe : roxo
Kiobambo : amarelo
     BEBIDAS :
Omim : água
Otin-nibé : cerveja
Otin-dudu : vinho tinto
Otin-fum-fum : aguardente
Oin : mel
Aluá : Brasil, refresco feito de
rapadura com casca de
abacaxi ou tamarindo
Xeketé : milho e gengobre
Emelum : feito com epô
Furá : feito com diversas
frutas
     CORPO HUMANO :
Ará : corpo
Ory : cabeça
Ipakó : nuca
Etu : orelha
Imum : nariz
Iban : queixo
Irun : cabelo
Irun-ban : barba, bigode
Efin : dente
Eeté : lábios
Apá : braço
Qué : mão
Esse e Alessé : pé
Itankô : coxas
Idi-cu : ânus
Kitaba e ebeu : vagina
Éepã : testículo
Ogungum : osso
Enum : boca
Era e Ancê : carne
Ejé : sangue
Euú e oju : olhos
Okan : coração
Elgiká : ombros
Obó : nádegas
Akô : macho
Abam : fêmea
Mulembu : dedo
Rivenum : barriga

VOCABULÁRIO YORUBÁ:
“A”
A dúpé - agradecemos a você
Ààbò - metade
Ààfin - Palácio, residência de um rei (Oba)
ÀÀJÀ – Sineta de metal composta de uma, duas
ou mais campainhas utilizadas por pais-desanto (vd.) para incentivar o transe. Também
chamado Adjarin.
Àáké – machado
Aará – Raio
Aará Òrun - Relâmpago
Ààrè - doença, fadiga, cansaço
Ààyè - vida
Aba - escada de mão
Abadá - Blusão usado pelos homens africanos.
Abadô - Milho torrado
Abánigbèro - conselheiro, aquele que
aconselha, um sábio mais velho
Abanijé - difamador
Abassa - Salão onde se realizam as cerimônias
públicas do candomblé, barracão.
Abaya - rainha mãe
Abebé - Leque.
Abélà – vela
ABIÃ – Posição inferior da escala hierárquica
dos candomblés ocupada pelo candidato antes
do seu noviciado; em yorùbá significa "aquele
que vai nascer".
Abomalè - aquele que cultua os ancestrais
(egúngún)
Abòrisà - aquele que cultua/adora os orixás
ABORÔ – Denominação genérica dos òrìsà (vd.)
masculinos, por oposição as iabás, que são as
divindades femininas.
Aboyún - mulher grávida
Abuku - desgraça
Àbúrò - Irmã mais nova
ADAHUN – Tipo de ritmo acelerado e contínuo
executado nos atabaques (vd.) e agogós (vd.).
É empregado sobretudo nos ritos de possessão
como que para invocar os òrìsà (vd.).
Adé - Coroa.
ADE – Termo com que se designam (nos
candomblés) em especial os efeminados e,
genericamente, os homossexuais masculinos. 
Adèbo - pessoa que prepara a comida com os
animais oferecidos em sacrifício de acordo com
as regras religiosas
Adie - Galinha.
Adití – surdo
ADÓSÙU – Diz-se daquele que teve o osùu (vd.)
assentado sobre a cabeça. 0 mesmo que iaô.
ADUFE – Pequeno tambor. Instrumento de
percussão de uso mais frequente nos xangôs
(vd.) no Nordeste
Adupé = Dupé - Obrigado.
Adúrà - Oração
Afará - oyin - fovo de mel
Aféfé - Vento
Àfin – Palácio
AFIN – 0 mesmo que ifin. Designa a noz-de-cola
branca, na língua yorùbá; por extensão a cor
branca (vd. efun).
Afóju - Cego
Àfomó - doença infecciosa, trazida pelo Orixá
das doenças infecciosas (Babaluaiyé; Xapanã)
Afonjá - É uma qualidade de Xangô.
Àga - Cadeira
Àgàn - mulher estéril
Agbádá - vestes sacerdotais
Àgbàdo - milho, sagrado para o Orixá Èsù
(Bará)
Àgbaiyé - o mundo inteiro
Agbára - Poder
Agbèdù – estômago
ÀGBO – Infusão proveniente do maceramento
das folhas sagradas as quais se vem juntar o
sangue dos animais utilizados no sacrifício e
substancias minerais como o sal. Esse Iíquido,
acondicionado em grandes vasilhames de barro
(porrões), é empregado ao longo do processo
de iniciação e para fins medicinais sob a forma
de banhos e beberagens.
Agbô - Carneiro.
Àgbon – coco
AGÈ – Instrumento musical constituído por uma
cabaça envolta numa malha de fios de contas,
de sementes ou búzios (vd.).
Agemo – Camaleão
AGERE – Ritmo dedicado a Òsóòsi executado
aos atabaques (vd.).
AGOGO – Instrumento musical composto de
uma ou mais campânulas, geralmente de ferro,
percutido por uma haste de metal
Àgo Lónan - Com licença
AGONJÚ – Um dos doze nomes de Sòngó (vd.)
conhecidos no Brasil
Àgòtàn - Ovelha
Aguntam - Ovelha.
Ahón - Lingua
Áike - machado
Àìsàn - doença
Àiya - Peito
Àiyé – Mundo; Palavra de origem yorùbá que
designa o mundo, a terra, o tempo de vida e,
mais amplamente, a dimensão cosmológica da
existência individualizada por oposição a òrun
(vd.), dimensão da existência genérica e mundo
habitado pelos òrisà (vd.), povoado, ainda,
pelos espíritos dos fiéis e seus ancestrais
ilustres.
Ajá – Cão
ÅJÀLÁ – vd. Òòsàálá 
AJALAMO – vd. Òòsàálá 
Àjapá - Tartaruga
Àjé - Bruxa
Ajeum - Comida.
AJOGÚN – Palavra de origem yorùbá que
designa os infortúnios, como a morte, a doença,
a dor intolerável e a sujeição Àkàrà Jé – Acarajé
ÀKÀSA – Bolinhos de massa fina de milho ou
farinha de arroz cozidos em ponto de gelatina e
envoltos, ainda quentes, em pedacinhos de
folha de bananeira. (Acaçá)
AKIDAVIS – Nome dado nos candomblés Kétu e
Jeje (vd. Nação) as baquetas feitas de pedaços
de galhos de goiabeiras ou araçazeiros, que
servem para percutir os atabaques (vd.).
Àkùko – Galo
ÁLÁ – Pano branco usado ritualmente como
pálio para dignificar os òrìsà (vd.) primordiais.
Geralmente feito de morim
Aláàfin - título tradicional para o rei de Oyó
Alabá - Título do sacerdote supremo no culto
aos eguns.
ALABÊ – Título que designa o chefe da
orquestra dos atabaques (vd.) encarregado de
entoar os cânticos das distintas divindades
Alagba – Senhor
ALAMORERE – vd. Òòsàálá
Alaruê - Briga.
Alàyé - Explicação
Aledá - Porco.
ALÉKESSI – Planta dedicada a Òsóòsi (vd.).
Também conhecida como São Gonçalinho –
Casaina silvestre, SW. F LACOURTIACEAE
ALIÀSE – vd. runko
Alubaça - Cebola.
Àlubósà – Cebola
AMACIS (ou AMASSIS) – Abluções rituais ou
banhos purificatórios feitos com o líquido
resultante da maceração de folhas frescas.
Entram geralmente em sua composição as
folhas votivas do òrìsà do chefe-de-terreiro do
iniciando, e as assim chamadas '"folhas de
nação" (vd.).
ANIL – vd. Wàjì. 
ANGOLA – vd. Nação. 
ANGOMBAS – vd. Atabaques
Apá - Braço
Apeja - Pescador
Apère - exemplo
Arailé - Parentes
Àríwá – Norte
ARREBATE – Abertura rítmica das cerimonias
publicas dos candomblés. 0 modo vibrante de
tocar os atabaques (vd.); eqüivale a uma
convocação
ÀSE – Termo de múltiplas acepções no universo
dos cultos: designa principalmente o poder e a
força vital. Além disso, refere-se ao local
sagrado da fundação do terreiro, tanto quanto a
determinadas porções dos animais sacrificiais,
bem como ao lugar de recolhimento dos
neófitos (vd. Runko). É usado ainda para
designar na sua totalidade a casa-de-santo e a
sua linhagem. 
ASSENTAMENTO – Objetos ou elementos da
natureza (pedra, árvore, etc.) cuja substância e
configuração abrigam a força dinâmica de uma
divindade. Consagrados, são depositados em
recintos apropriados de uma casa-de-santo. A
centralidade do conjunto é dada por um òta,
pedra-fetiche do òriìsà (vd.)
Àso - Roupa
Ata – Pimenta
ATABAQUES – Trio de instrumentos de
percussão semelhantes a tambores que
orquestram os ritos de candomblé. Apresentamse em registro grave, médio e agudo, sendo
chamados respectivamente Rum, Rumpi e Lé
(ou Runlé). Nos candomblés angola são
chamados de Angombas. Sua utilização no
âmbito das cerimonias, cabe a especialistas
rituais (vd. Alabê e Ogã)
Atégùn - Brisa
Àwa - Nós
Àwó - Cor
Àwo Ewé - Verde
Àwo Ojú Òrun - Azul
Àwo Pako - Marrom
Àwodi - Gavião
Àwon - Eles (as)
Axé - Assim seja
Axó - Roupa.
Axogum - Auxiliar do terreiro, geralmente
importante na hierarquia da casa, encarregado
de sacrificar os animais que fazem parte das
oferendas aos orixás. - Importante especialista
ritual encarregado de sacrificar, segundo regras
precisas, animais destinados ao consumo votivo
Àya - Esposa
“B”
Báàlè - chefe de um povoado, com menos
status que um Oba
Bàbà - milho da Guiné
Bàbá - Pai.
Bàbá nlá – Vovô
BABAÇUÉS – vd. Candomblés
Babagba - homem velho, geralmente o avô
BÀBÁLÁWO – Sacerdote encarregado dos
procedimentos divinatórios mediante o òpèlè de
Ifá, ou rosário-de-Ifá
Bàbálórìsà - Pai de Santo
BABALORIXÁ – Sacerdote chefe de uma casade-santo. Grau hierárquico mais elevado do
corpo sacerdotal, a quem cabe a distribuição de
todas as funções especializadas do culto. É o
mediador por excelência entre os homens e os
òrìsà. 0 equivalente feminino é denominado
ialorixá. Na linguagem popular, são
consagrados os termos pai e mãe-de-santo. Nos
candomblés jeje – doté e vodunô; e nos angola
– tata de inkice
BABALOSSAIN – vd. Olossain
Babaojê - Sacerdote do culto dos eguns; Ojé é
o nome de todos iniciados no culto aos eguns.
Babassá - Irmão gêmeo.
Báde - caçar em grupo
Bájà - lutar, brigar
Bàlagà - entrar na maturidade Balê - Casa dos mortos.Balé - Chefe de
comunidade.
Balògun - chefe da sociedade dos guerreiros
Balùwè – Banheiro
BANHA-DE-ORI – Espécie de gordura vegetal
obtida pelo processamento das amêndoas do
fruto de uma árvore africana que é vendida nos
mercados brasileiros para uso ritual nas casasde-santo. Diz-se também "banha-de-Oxalá" e
"limo-da-costa". A mesma denominação é dada
a gordura de origem animal extraída do
carneiro
BANHOS – vd. Àgbo. vd. Amacis. 
BARCO – Termo que designa o grupo dos que
se iniciam em conjunto. Suas dimensões são
variáveis. Há barcos de mais de vinte neófitos e
"barcos-de-um-só". Através do barco se
consegue a primeira hierarquização dos seus
membros na carreira iniciática. Como unidade
de iniciação gera obrigações e precedências
imperativas entre os irmãos-de-barco ou
irmãos-de-esteira
Barapetu - grande, uma pessoa de distinção
BARRACÃO – vd. Casa-de-santo. 
BATUCAJÉ – Com este termo costumava
designar-se a percussão que acompanha as
danças nos terreiros; por extensão designa
também as danças. 
BATUQUES – vd. Batucajé. vd. Candomblés
Béèni - Sim
Beji - Orixá dos gêmeos.
Berè - Perguntar
Bèré - Começar
Bèru - Medo
Bi - Nascer
Biyi - Nasceu aqui, agora.
Bô - Adorar.
BOMBOJIRA – vd. Èsù. 
BORÍ – Ritual que, juntamente com a lavagemde-contas, abre o ciclo iniciático. Fora deste
ciclo, rito terapêutico. Em ambos os casos,
consiste em "dar de comer e beber a cabeça"
Buburú - Maldoso
Burú - ruim, negativo, destrutivo
Buruku – Mau
BÚZIOS – Tipos de conchas de uso recorrente
na vida cerimonial dos candomblés.
Especialmente servem às práticas do dilogun –
sistema divinatório onde são empregados
geralmente dezesseis búzios
“C”
Cabaça – Fruto do cabaceiro (Cucurbita
lagenaria L., ou Lagenaria vulgaris –
cucurbitácea, e outras espécies). Sua carcaça
é freqüentemente utilizada nos cultos afrobrasileiros como utensílio, instrumento
musical" insígnia de òriìsà ou mesmo para
representar a união de Obàtálá e Odùduwà (o
Céu e a Terra). 
CABOCLOS – Espíritos ancestrais cultuados
nos candomblés-de-angola, de caboclos e na
umbanda. São representados, geralmente,
como índios do Brasil ou de terreiros da África
mítica.
Cafofo - Túmulo.
Cambaú - Cama.
CAMARINHA – vd. Runko. 
CANDOMBLÉS – Designação genérica dos
cultos afro-brasileiros. Costumam, no entanto,
distinguir-se pelas suas designações regionais:
candomblés (leste-setentrional, especialmente
Bahia), xangôs (nordeste-oriental,
especialmente Pernambuco), tambores
(nordeste ocidental, especialmente São Luís
do Maranhão), candomblés-de-caboclo (faixa
litorânea, da Bahia ao Maranhão), catimbós
(Nordeste), batuques ou parás (região
meridional, Rio Grande do Sul,,Santa Catarina
e Paraná), batuques e babaçuês (região
setentrional, Amazonas, Pará e Maranhão),
macumba (Rio de Janeiro e São Paulo). 
CANDOMBLÉS-DE-CABOCLO – vd. Caboclo.
vd. Candomblés
Caô - É um tipo de Xangô.
CASA-DE-SANTO – Designação do espaço
circunscrito que constitui a sede de um grupo
de culto. Costuma chamar-se também de ilé
(kétu), roga e terreiro (angola) e, em alguns
casos, barracão. Este ultimo termo serve
também para designar o recinto onde ocorrem
as festas públicas. 
CATIMBO – vd. Candomblés
Catular - Cortar o cabelo com tesoura,
preparando para o ritual de raspagem para
iniciação no Candomblé.
CAURIS – vd. Búzios. 
CAXIXI – Chocalho de cabaça e de vime
trançado, contendo sementes ou seixos. Em
alguns casos, vasilhames rituais em miniatura. 
CESTO-DA-CRlAÇÃO – 0 saco-de-existência
(àpò aiyé), que, na cosmologia do povo-desanto, Olódùmarè deu a Obàtálá para que
criasse o mundo a flor das águas primordiais.
Foi, no entanto, Odùduwà quem verteu o seu
conteúdo sobre a superfície das águas
CONGO – vd. Nação
Conguém - Galinha da Angola.
CONTRA-EGUN – Trança de palha-da-costa
que os neófitos trazem amarrada nos dois
braços, logo abaixo do ombro, com a
finalidade de afastar os espíritos dos mortos
Cutilagem - É o corte que se faz na cabeça do
iniciado; é realizado para abrir o canal
energético principal que o ser humano tem no
corpo, exatamente no topo da cabeça, (no
Ori), por onde vibra o axé dos Orixás para o
interior de uma pessoa. “D”
Dã - Orixá das correntes oriundas do Daomé.
Dáàdáà - bom ou bonito
Dabòbò - proteger, fornecer proteção
Dáda - Beleza
Dàgalágbà - tornar-se um homem adulto
Dàgbá - envelhecer, ficar velho, crescer
Dagô - Dê licença.
Dáhùn - Responder
Dalè - quebrar uma promessa
DAN – Serpente sagrada (Daomé – Benin)
representando a eternidade e a mobilidade
sob a figura de uma cobra que engole a
própria cauda. Genericamente designa os
filhos-de-santo da nação jeje; encontrando-se
sincretizada com Òsùmàrè e Besen. 
DANDALUNDA – vd. Yemoja
Dara - Bom, agradável.
Dára - bom, ser bom
Dáradára - muito bom, tudo certo
Dê - Chegar.
DEFUMADOR – Composto de essências
aromáticas, folhas e cascas, usado ritualmente
em fumigações propiciatórias e terapêuticas
Délade - coroar um rei
Dele - chegar em casa
DENDÊ – Palmeira africana aclimatada no
Brasil (Elaeis guineensis; Jacq.) de ampla
utilização na liturgia dos candomblés. 0 óleo
obtido dos seus frutos (azeite-de-dendê) é
considerado indispensável para a elaboração
de grande parte das comidas-de-santo. Suas
folhas servem para guarnecer entradas e
saídas das casas-de-santo (vd. màrìwò)
DESPACHO – Tipo de oferenda dedicada a Èsù,
quer no início das crimônias (vd.Pàdé), quer
nas encruzilhadas, nos matos, rios e
cemitérios. 
DIA-DO-NOME – vd. Orúko
Dídá - ara - boa saúde
Dide - Levantar.
Dígí – espelho
DIJINA – Nome iniciático dos filhos-de-santo
dos candomblés de nação angola
DILOGUN (Érìn dínlógun) – Nome dado à
adivinhação com búzios que podem ser de 4 a
36 (mais comumente 16). Nesse jogo de Ifá
as respostas ao oráculo são dadas por Èsù
Dín – Fritar
DÓBÁLÈ – Cumprimento prescrito aos
iniciados de òrìsà femininos diante dos lugares
consagrados ao culto, pai ou mãe-de-santo,
òrìsà e graus hierárquicos elevados. 0 termo
iká designa o seu correspondente para o caso
de filhos-de-santo de brisa masculinos
Dùbúlè – deitar
Dudu - Preto.
Dúpé - Agradecer
Dúro - De pé
“E”
E Káàárò - Bom-dia
E Káàsán - Boa-tarde
E Kále - Boa-noite
Ebí - Família
Ebi – Fome
EBO – Termo que designa, genericamente,
oferendas e sacrifícios, Usa-se também
trabalho, despacho e, as vezes, feitiço. 
EBÔMIN – Pessoa veterana no culto; título
adquirido após a obrigação de sete anos.
Opõe-se a iaô, sendo equivalente a vodunci
Èdán àrá - pedra de raio, sagrada para o Orixá
Sàngó
Èdò - Fígado
Edu - Carvão.
Edùn - machado
Éèdì - encanto, feitiço
Éègun - ossos, ossos humanos
ÈÈWÒ – vd. Quizila
Efi - fumar
Efó - vegetais verdes
Èfóri - dor de cabeça
EFUN – Nome dado a argila branca com que
são pintados os neófitos. Essa pintura
corresponde ao que se chama de "mão-deefun" (vd. 18-Efun). Como sinônimo de efun
ocorre, também, afin
Ègbé - comunidade de pessoas com o mesmo
propósito
Égbéé - amuleto de proteção para o Orixá
(Ògún)
Egbò - chaga, ferida
Ègbón - Irmão mais velho
Ègé - Aipim
Egun - Alma, espírito. Nome genérico dos
espíritos dos mortos
Égún - espírito dos ancestrais
Egúngún - Espíritos dos ancestrais, cultuados
especialmente em terreiros situados na Ilha de
Itaparica, na Bahia
Èhin - Costas
Ehín - Dente
Eiye - pássaro
Eiyelé - Pombo
Eja - Peixa
Èjè - Sangue
Eji - chuva
Èjìká - Ombro
Ejò - cobra
Ejó - Cobra.
Èkáná - Unha Èké - pessoa mentirosa, falsa, fraudulenta
Ékú - rato
Elebó - Aquele que está de obrigação. Aquele
em nome do qual se faz o sacrifício ou
oferenda
Èlédà - Criador
Eledá - Orixá guia.
Elégbògi - curandeiro que usa ervas
Elésù - pessoa que adora o mensageiro Èsú
Elìkan - Ninguém
Elu - estranho
Èmi - Eu
Èmí - respiração, também se refere a alma
humana
Emi – Vida
ENI – Nome dado a esteira de palha utilizada
pelos neófitos, sobretudo durante o período de
reclusão. É empregada como "mesa", "cama"
e "tapete" em distintos ritos. No candomblé é
usual a expressão "irmãos-de-esteira" para
designar o conjunto de neófitos reclusos ao
mesmo tempo, e que eventualmente tenham
partiIhado esse artefato simbólico na liturgia
da iniciação
Ènia - Ser humano
Enìní - inimigo
Enini - orvalho da manhã
Enu - Boca
Enyin - você
Epô - Azeite, óleo
Epô-pupa - Azeite de dendê
Equê - Mentira.
EQUÉDE – Cargo honorífico circunscrito às
mulheres que servem os òrìsà sem,
entretanto, serem por eles possuídos. É o
equivalente feminino de ogã
Eran - Carne
Eranko – Animal
ERÉ – Termo que caracteriza um estágio de
transe atribuído a um espírito-criança
Ére - Estátua
Erè - Lama
Erin - Elefante
Erinká - milho na espiga
Eró – Segredo
Erú - carregamento, fardo
Erú - Carrego; carga.
Erú - Cinza
Erú - Escravo
Èrúbo - compromisso de fazer uma oferenda
aos Orixás
Erupe - sujo
Esan - Vingança.
Èsin – Religião
ESSA – Espíritos de ancestrais ilustres do
candomblé
Èsù – Primogênito da criação. Também
conhecido como Elégbára (jeje) é
popularmente referido como compadre ou
homem-da-rua. Suscetível, irritadiço, violento,
malicioso, vaidoso e grosseiro. Dizem que
provoca as calamidades publicas e privadas,
os desentendimentos e as brigas. Mensageiro
dos' òrìsà e portador das oferendas. Guardião
dos mercados, templos, casas e cidades.
Ensinou aos homens a arte divinatória.
Costuma-se sincretizá-lo com o diabo. Ocorre
tanto em representações masculinas como
femininas. Nas casas angola é Bombogira; nas
casas angola-congo é (Exúlonã). Na umbanda
tem múltiplas personagens, entre elas,
Pomba-gira. Suas cores são o vermelho e o
preto. Saudação – "Laró yè!"
ESTEIRA – vd. Eni
Eti - Ouvido
Èwà - Feijão
Ewé - folha de planta
Èwòn – corrente
Ewú - cabelo grisalho, sinal de dignidade
Ewu - perigo
Èwúre - cabra
Eya - tribo
Eyin - Ovo
Eyin - Vós
“F”
Fá - Raspar
Fadaka - Prata
Faiya - encantar, seduzir
FAMÍLIA-DE-SANTO – Termo de referencia
que designa os laços de parentesco místico
nos quais incorre o filho-de-santo em virtude
da iniciação
Fári - cortar o cabelo com lâmina (raspar)
Farí - Raspar cabeça
Fé - amar
Fe - há muito tempo
FEITO – 0 mesmo que adósùu e iaô. 
FEITURA – Processo de iniciação que implica
em reclusão, catulagem, raspagem, pintura,
instrução esotérica, imposição do osùu (vd.) e
apresentação publica (vd.) orúko
Féniyawo - casar
Fenukó - Beijar
Féran - Gostar
Fèrè - flauta
Ferese - janela
Fijúbà - respeitar
Filá - Gorro, chapéu
FILHO-PEQUENO – Termo de parentesco
místico que se refere a um laço interposto
pela iniciação entre um noviço e seu padrinho,
gerando obrigações e deveres semelhantes
aos do compadrio (vd. Mãe-pequena). 
FILHO-DE-SANTO – Diz-se de todo aquele que
é afiliado ao candomblé. (vd.Povo-de-santo). 
FIRMA – Fecho de colar de forma cilíndrica.
Suas cores indicam a vinculação de seu
portador a um determinado òrìsà
Fò - Lavar Fó - Quebrar
Fòiya - estar com medo, amedrontado
FÓN – vd. Jeje. vd. Nação
Fowólérán - agir com paciência
Fún - Dar
Funfun - branco
Funfun - Branco
Fúnlèfólorun - dar liberdade, agir de maneira
certa
Fúnwiniwini - garoar
Fúù - o som feito pelo vento
“G”
Ga - Alta, grande
Gáàri - refeição feita de farinha de mandioca
Gala - veado, alce
GANZÁ – Instrumento musical de percussão,
semelhante a um chocalho, geralmente de
folha-de-flandres e forma cilíndrica, contendo
em seu interior pedaçosde chumbo ou seixos
Gari - Farinha
GB
Gbabe - esquecer
Gbada - faca com lâmina grande
Gbàdúrà - rezar
Gbagbo - acreditar
Gbaguda - farinha de mandioca
Gbajumo - cavalheiro; homem gentil
Gbé - levantar
Gbédè - agir de maneira inteligente
Gbérè - cumprimentos
Gbese - dívida
Gbéyàwó - casar
Gbìn - Plantar
Gbó - Ouvir
Gbogbo - Todos
Gbóju - bravo
Gbórín - grande
Gbúròó – ouvir
Gé - Cortar
Gé Irun - Cortar o cabelo
Gèlédé - sociedade dedicada a homenagear os
ancestrais
Géndé - homem forte
Gibá - Jogar
Gòmbó - cicatriz; marca no rosto que indica
linhagem
Góòlù - ouro
Gùn - pessoa alta
Gun - subir
Gunnugun - abutre, urubu
Gúrúrú – Pipoca
“H”
Hà - expressão de prazer
Halè - amedrontar, ameaçar, intimidar
HAMUNYIA – Cadencia executada pelos
atabaques e agogôs que capitula a estrutura
dos diferentes toques que marcam o siré
(vd.). Mais conhecida por Avamunha
He - pegar, apanhar
Hó - ferver
Hun - tecer, trançar
Hùwà - comportar-se
“I”
Ia - Mãe
Ia ia – Avó
IABÁ – vd. Aborô. 
IÁBASSÉ – Especialista ritual encarregada do
preparo das comidas votivas dos òrìsà. 
IÁ-EFUN – Especialista ritual encarregada das
pinturas corporais durante o período de
iniciação. Embora esse título honorífico
signifique literalmente "mãe-do-efun", o ofício
litúrgico não se limita às pinturas com o
pigmento branco (efun). São também
empregados: wájí e osùn, respectivamente as
cores azul e vermelho
IÁLAXÉ – Titulo honorifico geralmente
ostentado pela própria mãe-de-santo,
significando "mãe-do-axé" ou "zeladora-doaxé"
Ialorixá - Mãe de santo (sacerdote de orixá)
IAÔ – Termo que designa o noviço após a fase
ritual da reclusão iniciatória. Em yorùbá
significa "esposa mais jovem"
Ibá - Colar, cheio de objetos ritualístico
Ìbà - homenagem em respeito aos Orixás
Ibà pójúpójú - febre muito alta
Ìbamolè - forças espirituais que são
merecedoras de respeito
Iban - Queixo
Ìbanújé - Tristeza
Ibéjì - Gêmeos
Ìbere - Origem
Ìbí - Nascimento
Ìbínu - Raiva
Ibó - Lugar de adoração
Ibô - Mato
Ibòòji - sombra
Ibúlè - àrun - leito de doença
Ibúlè - ikú - leito de morte
Ibùsùn òkú - cemitério
Idà - Espada
Ida-oba - Espada do Rei
Ìdáwò - consulente de adivinhação
Ide - Pulseira Ideruba - Fantasma
Idí - Ânus, nádega
Ìdódò - Umbigo
Idunnu – Felicidade
IFÁ – Deus dos oráculos e da adivinhação.
Senhor do destino. Há quem afirme ser sua
representação a cabaça envolvida por uma
trama de fios de búzios. Sua cor é o branco.
Seu dia é a quinta-feira. Conhecido também
como Òrúnmìlà, "somente-o-céu-sabe-quemserá-salvo". Saudação – "Eèpààbàbá/" 
Ifá - Adivinhação
Ifáiyable - visão mística
Ìfeseji - perdão
Ìfun - Intestino
Iga - quintal de um ancião
Ìgbà - história
Igbado - milho
Ìgbàlè – cemitério
IGBÁ ODÙ – Expressão yorubá que designa a
cabaça ou o artefato litúrgico que contém no
seu interior os elementos simbólicos e as
substancias que tornam possfvel a existência
individualizada. 
IGBÁ-ORÍ – Expressão yorùbá que designa, no
rito do borí, o recipiente em que vão sendo
depositadas as substancias constitutivas e
reveladoras da identidade do sacrificante.
Literalmente significa "cabaça-da-cabeça". Na
liturgia dos candomblés é freqüentemente
utilizada a forma ibá, com o mesmo sentido
Igbe – Grito
ÌGBÍN – Cadência rítmica lenta executada pela
orquestra cerimonial em louvor a Òòsàálá. 0
termo designa também o molusco
gasterópode terrestre, com concha univalva,
corpo prolongado e tentáculos na cabeça. E o
caracol também conhecido como "o boi de
Òòsàálá" e sua oferenda predileta. Na
linguagem corrente dos candomblés é usual a
forma ibí
Ìgbín - lesma, caracol
Igbó - floresta
Igbódù Òrìsà - local sagrado para iniciar uma
pessoa nos mistérios dos Orixás
Ìgboro - rua, estrada
Igi - Árvore
Igi - òpe - palmeira
Ihò - buraco
Ija - luta, briga
Ìjábà - Acidente
Ìjéta - Anteontem
Ijexá - Nome de uma região da Nigéria e de
um toque para os Orixás Oxum, Ogum e
Oxalá.
Iji - Árvore
Ijo - Dança
Ìka – Dedo
IKÁ – vd. Dòbálé
Ìkóòdíde – Pena vermelha do papagaio-dacosta (Psittacus eritacus, sp.). Simboliza o
nascimento do novo filho-de-santo e, de um
modo geral, a fecundidade
Ìkú - Morte
Ikùn - estômago
Ilà - marcas faciais
Ilá - Quiabo
Ìlà Òrùn - Leste
Ilê – Casa - vd. Casa-de-santo
Ilè - Terra
Ilé Okú – Cemitério
ILÉ-ÒRÌSÀ – Expressão yorùbá que designa a
dependência de uma casa-de-santo onde se
encontram depositadas as diferentes insígnias
e objetos que compõem a representação
emblemática de cada um dos òrìsà. É também
conhecida a forma "quarto-de-santo" ou
"casa-do-santo"
Ìlú - Cidade
Ìlù - tambor
Ìmale - respeito ao ancestral
Ìmáwò - ara - encarnação, estado de
reencarnação
Imo - ope - folhas de palmeira
Ìmólè - forças da natureza (Òrìsà)
Imonamona - raio
Imú - Nariz
Iná - fogo
Inã – Fogo
INKICE – vd. Òrìsà
Inón - Fogo
Ìpàdé - encontro
Ipadê - Reunião
Ìpelé - pequena cicatriz facial que indica a
linhagem familiar
Ipin - guardião
Ìpitan - tradição oral
Ìràwò - estrelas
Ìrèmòjé - cânticos do funeral dos caçadores
Ìrépo - Harmonia
Ìrésì - arroz
Irin - ferro, sagrado para o Orixá Ògún
IRMÃO-DE-AXÉ – Termo de referência que
designa a relação de parentesco místico entre
os membros de uma mesma casa-de-santo.
Diz-se, também, irmão-de-santo. 
IRMÃO-DE-BARCO – vd. Barco. 
IRMÃO-DE-ESTEIRA – vd. Eni
Iró - Mentira
Irun - cabelo
Irúnmòle - forças da natureza (Òrìsà)
Ìsàlè - órgãos reprodutores
Ise - trabalho
Ìségún - reverência aos antepassados
Isinkú - funeral, enterro
Ìtan - àtowodowo - lenda tradicional, história
sobre os orixás
Ìtan - história, lenda, mitologia
Ìtefá - iniciado nos fundamentos de Ifá
Ito - urina
Ìwà - àgba - caráter de um ancião
Ìwà - édá - natureza
Ìwà - Respeito Iwájú orí - Testa
Ìwé Ìrohin - Notícia do jornal
Ìwo - Chifre
Ìwo - Tu
Ìwò Òrùn - Oeste
Iwóòrò - ouro
Ìyá - àgan - mulher mais velha, (anciã),
dentro da sociedade dos médiuns ancestrais
Ìyá - mãe
Ìyá nlá - Vovó
Ìyáàgbà - avóÌyáláwo - divindade de ifá
feminina, significa: " mãe dos mistérios ".
Iyabasé – Cozinheira
IYÁ EGBÉ – Titulo honorífico importante na
hierarquia dos terreiros que distingue sua
portadora como "mãe-da-comunidade"
Ìyáláwo - divindade feminina, mãe dos
mistérios
Iyalaxé - Mãe do axé do terreiro
Ìyálè - esposa mais velha em uma família
polígama.
ÌYálorísà - mulher iniciada nos mistérios das
forças da natureza (Òrìsà), mãe de santo.
ÌYÁSAN – Divindade das tempestades e do Rio
Niger, mulher de Ògún, e, depois, de Sòngó.
Relacionada com os vendavais, os raios e os
trovões. Sincretizada com Santa Bárbara. Seu
dia da semana é a quarta-feira. Suas insígnias
são a espada e o espanta-moscas de crinas de
cavalo. Suas cores são o vermelho escuro e o
marrom. Considerada a mãe dos egún, que é
a única a dominar. Saudação – "Eparrei !" 
Iyekan - ancestrais do pai
Iyo – Sal
“J”
Jáde - Sair
Jádeogun - preparar o combate
Jádi - atacar
Jagunjagun - Guerreiro, Soldado
Jajá - Esteira
Jalè - Roubar
Jé - acordar
Je - comer
Je ewo - má sorte que vem como o resultado
de uma violação de tabu/regra
Jéjé - rogar uma praga
JEJE – vd. Nação. vd. Fón. 
JELÚ – Um dos nomes pelos quais é conhecido
Èsù Àjelú ou Ijelú
Jeun - Comer
Jéwó - confessar
Ji - Acordar, roubar
Jigi - espelho
Jije - comer
Jikelewi - borrifar
Jimi - Acorda-me
Jó - Dançar
Jóko - sentar
Jóná - estar em chamas
Jóò - desculpar, perdoar
Jowo - grande favor
Júbà - Respeitar
Juba - rezas, pedido
Juwó – Acenar
“K”
Kà - Ler, contar
Kábiyèsí - cumprimento de respeito a um rei
(oba)
Kábíyèsìlè - expressão de respeito a um chefe
ou mais velho
Kàdárà - destino
K'àgò - pedir permissão para entrar em uma
casa
Kalè - sentar
Kan - Azedo
Kaná - estar em chamas
Kárò - bom dia
Kárùn - ficar doente
Kàwé - ler
Káwó - saudação, aclamação
Ké - cortar
Kedere - clarear, esclarecer
Kéhìndé - o segundo gêmeo a nascer
Kekerê - Pequeno
Kékeré - pequeno
Kéré - ser pequeno
KÉTU – vd. Nação
Kíkún - mortal
Kiniun - leão
Kó - Aprender
Ko Dara - Ruim
Kò Tòpé - De nada
Kókóró - chave; sagrado para o mensageiro
Exu (Èsú)
Kòla - noz de cola amarga. Sagrada para a
maioria dos Orixás
Korin - cantar
Kórira - odiar
Koró - Fel, amargo
Kosi – Nada
Kòtò - Buraco
Ku - morrer
Ku - Morrer
Kunle - ajoelhar no chão como um gesto de
respeito, tanto para um local sagrado como
para uma pessoa mais velha
Kunrin - cantar
Kuru - Longe
Kurumu – redondo “L”
Là - Abrir
Lá - sonhar
Labalábá - Borboleta
Lábelè - secretamente
Làí - làí - o começo (considerar tempo)
Láí - láí - para sempre
Láikú - imortal
Lailai - Para sempre
Lála - Sonhar
Lálé - De noite
Làlóju - esclarecer, iluminar
Láná - Ontem
Larin – Moderado
LAVAGENS – Termo genérico pelo qual são
designados os ritos Iustrais dos candomblés.
Esses ritos purificatórios podem ser
exercitados sobre os colares cerimoniais, as
pedras (òtá) consagradas aos òrìsà, e nos
templos. A mais tradicional manifestação
publica dessa cerimônia é realizada na Igreja
de N. S. do Bonfim, na Bahia. 
LAVAGEM-DE-CONTAS – Rito de agregação
que consiste em lustrar os colares sagrados.
Esse ritual marca o aparecimento do
postulante como abiã, vinculando-o a
estrutura hierárquica de uma casa-de-santo
Lê - Forte
Létòl'tò - segmentos de um ritual
Léwà - ser bonito
Lile - Feroz, violento
Liló - Partir
Ló - Ir
Lódè - do lado de fora
Lodê - Lado de fora, lá fora
Lodê oni - no presente
Lodo - No rio
LÒGÚN EDE – Divindade yorùbá considerada
no Brasil filho de Ibualama ou Inle (Òsóòsì) e
Òsun Yéyéponda. Homem durante seis meses,
jovem e caçador. Nos outros seis, mulher,
bela ninfa que só come peixes. Suas insígnias
são o ofà (vd.) e o leque dourado (abebe) de
Òsun. Suas cores são o azul e o amarelo-ouro
translúcido. Seu dia da semana é quinta-feira.
Saudação – "Lóògún!"
Lókan - bravo
Lókun - forte
Lóla - Amanhã
Lona - No caminho
Lóni - hoje
Lósàn - De tarde
Lowo - Rico
Lówò - ser rico, ter abundância
Lu - Furar
Lukoun – pênis
“M”
Ma - de fato, realmente
MACUMBAS – vd. Candomblés. 
MÃE-CRIADEIRA – Termo de referência que
designa a ebômin encarregada de atender o
noviço durante o seu período de reclusão. É a
responsável pelo preparo e administração dos
alimentos; higiene pessoal; guarda-roupa e
instrução do neófito nos mistérios do culto.
Por isso, diz-se que "cria" aquele que está
sendo iniciado. 
MÃE-DE-SANTO – vd. Babalorixá. 
MÃE-PEQUENA – Título honorífico feminino
que corresponde à segunda pessoa na ordem
hierárquica de uma casa-de-santo. Também
ocorre a forma ia-kekerê. Seu equivalente
masculino é pai-pequeno. Diz-se, também,
mãe ou pai-pequeno daquele que, ao lado da
mãe ou pai-de-santo, encarrega-se da
formação do iaô (vd. Filho-pequeno)
Maga - sacerdote chefe do Orixá Xangô
(Sàngó)
Maleme - Pedido de perdão
Malú - Vaca
Malu - Boi
Malú Ako - Boi
Màlúù - boi
Mandinga - Feitiço
Màrìwò - folhas de palmeira - As folhas
desfiadas do dendezeiro (Elaeis guyneensis, A.
Cheval, PALMAE) que guarnecem as entradas
de uma casa-de-santo contra os egún, os
espíritos dos mortos
MATAMBA – vd. Ìyásan. 
MAWU – vd. Òòsàálá 
Meje - Sete
Mejeji - Duas vezes
Méjì - dois
Mérin - quatro
Mérìndílógún - dezesseis (16), também usado
para referir a um sistema de adivinhação
usado pelos iniciados de Orixás que está
baseado nos primeiros dezesseis versos da
divindade Ifá (Odù)
Meta - três
Méwà - dez
Mi - engolir, respirar
Mí - Viver
Mi-amiami - Farofa oferecida para exu
Mímo - sagrado, divino
Míràn - outro
Mò - Conhecer
Mo - Eu
Modê – Cheguei
Mojú - saber, conhecer
Mojubá - Apresentando meu humilde respeito.
Louvação endereçada aos ancestrais ilustres,
forças da natureza e aos próprios òrìsà,
durante os ofícios litúrgicos Móoru - tempo quente
Mú - Pegar
Mu – beber
Muló - Levar embora
Mun – Beber
MUZENZA – Diz-se dos filhos-de-santo nos
candomblés de "nação" angola. 0 mesmo que
iaô. Por extensão, designa a primeira saída
pública do neófito no rito angola. Significa,
literalmente, "estranho ser animado", na
etimologia da língua kikongo.
“N”
Nà - Bater
Ná - Gastar
Ná - primeiro de todos
NAÇÃO – Designa, no Brasil, os grupos que
cultuam divindades provenientes da mesma
etnia africana, ou do mesmo subgrupo étnico.
Mo exemplos do primeiro caso as "nações"
congo, angola, jeje, ao passo que o segundo
caso é ilustrado por kétu, ijesà e
òyó,correspondentes aos subgrupos da etnia
nagô. Trata-se, na verdade, de categorias
abrangentes as quais se reduziram as
múltiplas etnias que o tráfico negreiro fez
representadas no Pais. 0 termo tem servido
para circunscrever os traços diacríticos através
dos quais se revela um mundo caracterizado
por um notável conjunto de elementos
comuns. Tem servido, além disso, paia
hierarquizar esse universo em termos da
maior ou menor "pureza" atribuída a cada
"nação" em virtude de uma suposta fidelidade
e autenticidade litúrgicas.
Najé - Prato feito com argila
NÀNÁ – Divindade das águas primordiais, dos
pântanos e brejos. Daí associada quer ao limo
fertilizante e a vida, quer a putrefação e a
morte. Considerada mãe de Omolú é
sincretizada com Sant'Ana. Suas cores são o
vermelho, o branco e o azul que exibe em
seus colares. Sua insígnia é o Ibiri – artefato
confeccionado com a nervura central das
folhas do dendezeiro, de ápice recurvo como
um báculo. Seu dia é sábado. Saudação –
"Sálùba" 
Nba - juntar-se
Nfe - amar
Ni - dizer, ser, alguém, aquele, depende do
contexto
Ní - Ter
Ni Àárò - De manhã
Níbi - No lugar
Nígbàtí - quando
Nikan - sozinho
Níle - em casa
Nínú - dentro
Nipa - Sobre
Nipon - Grosso.
Nítorí - Por que
Nítorípè - Porque
Nje - bem
Njo - dançar
Nko - não
Nlá - grande
Nlo - indo
Nmu – bebendo
NOZ-DE-COLA – vd. Obì
Nrin - caminhando
Nro - pensando
Nu - Sumir
Nyín – você “O”
O - ele, ela, isto
Obá – Rei
OBÁ – Terceira mulher de Sòngó, Obá é a
deusa nigeriana do rio do mesmo nome.
Muitas vezes se confunde com Ìyásan, pois,
além de casada com Sòngó, usa também
espada de cobre. Na outra mão leva, seja um
escudo, seja um leque com o qual esconde
uma de suas orelhas em lembrança do
episódio mítico que deu margem à sua
rivalidade com Òsun. No Brasil é sincretizada
com Santa Catarina e Santa Joana d'Arc. Seu
dia é quarta-feira. Seus colares são de contas
alternadamente amarelas e vermelhas de
tonalidades leitosas. E saudada como
"Obáxireê!"
OBALÚWÀIYÉ – É a "forma" jovem de
Sòpònnón, do qual Omolu é a "forma" velha.
Divindade da varfvola e das moléstias infectocontagiosas e epidêmicas, consta como filho
de Nàná, criado por Yemoja, e, portanto,
irmão de Òsùmàrè Veste-se todo de palha,
com o que cobre as suas ulcerações. Sua
saudação – "Atotó!" – significa "Calma!",
exigida a um deus tão poderoso e temível.
Sua insígnia é o sàsàra – feixe de nervuras
das folhas do dendezeiro, amarrado com tiras
de couro, em vermelho e preto (ou branco e
preto), incrustradas de búzios. É sincretizado,
no Brasil, com São Roque, as vezes, com São
Lázaro e ainda com São Sebastião, em Recife
Oba obìnrin - Rainha mãe
OBÀTÁLÁ – vd.Òòsàálá
Obé - Termo que designa a faca usada nos
sacrifícios, por extensão qualquer faca no
jargão do candomblé
Obé fari - Navalha
Oberó - Alguidar
Obì - noz de cola, usado num sistema
simplificado de adivinhação. Fruto de uma
palmeira africana (Cola acuminata, Schott. &
Endl. – STER-CULIACEAE) aclimatada no
Brasil. Indispensável no candomblé, onde
serve de oferenda para os òrìsà e é usado nas
práticas divinatórias simples, cortado em
pedaços
Obí - sexo feminino
Obinrin - Mulher
Obirim - Mulher, feminino
Òbo - Macaco
Óbo – vagina
OBRIGAÇÃO – vd. Ebo. 
OBRIGAÇÃO DE SETE ANOS – E uma das
obrigações mais importantes da carreira
iniciática. Equivale a um autentico rito de
investidura, a partir do qual, tornando-se
ebômin, o filho-de-santo pode proceder a
iniciação de outros
Òbukó - bode
Odé - Caçador
Òde - do lado de fora
Odê - Fora, rua
Òde ayé - o mundo todo
Odideé - papagaio
Odò - Rio
Òdodo - justiça
Odù – Destino
ODÙ – Pronunciamento oracular resultante da
prática divinatória com o òpèlè (vd.), com os
cocos de dendê (vd.) ou com os búzios (vd.).
Há 16 odù primários ou maiores. Suas
combinações com os 16 secundários resultam
em 256, cujos desdobramentos chegam a
4.096. Cada odù é nominado e pertence a
uma divindade
ODÙDUWÀ – Divindade yorubá, ora
apresentada, nos mitos, como masculino e
irmão de Obàtálá (vd.) (vd. também Cesto-dacriação), ora como feminino e, no caso,
esposa deste ultimo. Odùduwà significa "a
cabaça de onde jorrou a vida". É evocada, no
Brasil, em alguns terreiros (vd.) e, também,
no candomblé-dos-eguns de Itaparica (vd.
Egúngún). 
ODUNDUN – A folha-da-costa ou saião
africano (Kalanchoe brasiliensis, Comb.–
CRASSULACEAE). Uma das folhas rituais mais
importantes dos candomblés
Odukun - batata doce
Odún - Ano
Òdúndún - erva medicinal
OFÀ – Designa o instrumento simbólico de
Òsóòsi, consistindo num arco e flecha unidos
em metal branco ou bronze
Ofá - Arco e flecha
Ofà - flecha
Òfin - lei, direito
Ofò - feitiçaria
Òfurufú - Respirar, ar, espaço
OGÃ – Título honorífico conferido, seja pelo
chefe do terreiro, seja por um òrìsà
incorporado, aos beneméritos da casa-desanto, que contribuam com sua riqueza,
prestígio e poder, para a proteção e o brilho
do àse (vd.). Esse tipo de titulatura admite
uma série de especificações que abrangem,
desde cargos administrativos, até funções
.rituais. A iniciação dos ogãs é mais breve e se
distingue daquela dos iaôs (vd.), por excluir a
catulagem, a raspagem e alguns outros
rituais. Tal como as equédes (vd.) os ogãs não
são passíveis de transe. 
Ògá - Chefe
Ogbe - crista de galo
Ogbo ato - ficar velho, vida longa
Ogboni - sociedade de homens anciões que
adoram o Orixá Onile
Ògèdè - Banana
Ògèdè - encanto, feitiçaria
Ogìnrin – mulher ÒGÚN – Divindade da forja e dos usuários do
ferro; por extensão, da guerra e da agricultura
e, também, da caça ou de todas as demais
atividades que envolvem a manipulação de
instrumentos de ferro. É rei de Iré e por isso
chamado, no Brasil, Oníré. Costuma ser
representado por um semicírculo soldado a
base por uma haste, no qual se encontram,
pendurados no arco do semicírculo, todo o tipo
de instrumentos, que, como o conjunto
inteiro, são de ferro. E filho de Yemoja e irmão
de Èsú e Òsóòsì. Por isso, tem a ver com os
caminhos, a caça e a pesca. Pertence-Ihe a
faca sacrificial – o òbe (vd.). Os colares são de
contas verdes ou azul-escuro (em angola).
Seu dia é a terça-feira. Saudação – "Ògún yé!"
Ogun - Guerra
Ògún - Orixá da Guerra e Metais
Ohùn - Voz
Òjiji - Sombra
Ojise - mensageiros
Òjò - chuva
Ojó Àbáméta - Sábado
Ojó Àikú - Domingo
Ojó Ajé - Segunda-feira
Ojó Bò - Quinta-feira
Ojó Etí - Sexta-feira
Ojó Ìségún - Terça-feira
Ojó Rú - Quarta-feira
Òjòlá - jibóia
Ojú - olho ou face, dependendo do contexto
Ojú - óòri - sepultura, túmulo
Ojù àse - força nos olhos
Ojú ònà - caminho, estrada
Oju ona - Olho da rua, ( caminho )
Ojú Òrun - Céu
Ojubona - professor
Ojugbede - sacerdote chefe do Orixá do ferro
Ògún em Ilé Ifè
Oka - cobra
Okan - Coração
Òkè - Montanha
Oko - Esposo
Okó - Pênis
Okòn - coração
Òkú - cadáver, defunto
Òkun - o oceano, mar
Okunlin - Homem
Òkúta - Pedra
Olé - ladrão
Olodê - Senhor da rua
Olódùmarè - Supremo– vd. Olóòrun
Olona - nome em louvor ao Orixá Ogun que
significa: "proprietário da estrada"
OLÓÒJÀ – Expressão yorubá que na língua
ordinária significa seja o vendedor, seja o
dono do mercado. Na cosmologia do povo-desanto, a locução dono-do-mercado equivale a
um dos títulos de Èsú
OLÓRÍ – Termo que designa o "dono da
cabeça", isto é, o òrìsà pessoal de cada
iniciado (vd. Orí).
OLÓÒRUN – Divindade suprema yorubá,
criador do céu e da terra. Deus do
firmamento. É o Eléeda, "senhor-dascriaturas-vivas"; o eléèémí "dono-da-vida";
que criou o homem e a mulher a partir do
barro, encarregando seu filho, Obàtálá, de
moldá-los e animá-los com o sopro vivificante.
De caráter inamovível, é o numinoso que
permanece fora do alcance dos homens que
não Ihe podem render culto. Não tem
insígnias. Sua cor é o branco absoluto. É
também chamado de Olódù-marè
Olórí - chefe
Olórum - Deus
Olosa - Orixá da laguna
OLOSSAIN – Sacerdote encarregado da coleta
e da preparação ritual das ervas sagradas na
liturgia dos candomblés. 0 mesmo que
babalossain
Olòwò - sábio mais velho
Olùkó - Professor
Oluwo - chefe adivinhador de Ifá do conselho
masculino dos anciãos
Omi - Água
Omi ayé - as águas da terra
Omi Dúdú - Café preto
Omira - sangue menstrual
Omi-tútù - água fria
Omo - filho, criança.
Omodé - criança jovem
Ònà - estrada, caminho
Ongé – Comida
Oníbàárà - cliente
Oníbode - porteiro
Onílé - guarda da casa
Oni're - nome em louvor para o Orixá do ferro
Ogun, que significa "chefe da cidade de Ire"
Onísé - trabalhador
Onje - omida
Onje Àárò - Café da manhã
Onje Alé - Jantar
Onje Òsán - Almoço
Òòni - O Rei da nação Yorubá
Oòrùn - Sol
Òòsà - o mesmo que Orixá
ÒÒSÀÁLÁ – Este é o nome pelo qual se
conhece, no Brasil, Obàtálá (o Senhor do Pano
Branco) e significa "o grande òrisà". Filho de
Olóòrun (vd.) foi encarregado por este de criar
o mundo e os homens. Nesta ultima condição
é portador dos títulos de Àjàlá, Àjàlámò e Alá-
morerê. Apresenta-se ora como um jovem
guerreiro, simbolizado pelo arrebol –
Òsògìnyón, ora como um velho, curvado ao
peso dos anos, simbolizado pelo sol poente –
Òsòlúfón. Suas insígnias, em prata lavrada,
são, em conseqüência, ora a espada e o pilão,
ora o òpásorò – um bastão com aros
superpostos, adornados de pingentes,
encimados por um passado (em geral uma
pomba) – símbolo do poder. Costuma-se
sincretizá-lo com Nosso Senhor do Bonfim. Sua cor heráldica é o branco e seu dia a
sexta-feira. A ele se dedica a grande festa
popular da "lavagem do Bonfim" (vd.
Lavagem). Saudação – "Eèpàà bàbá! Eèpàà
èé!"
Òòsàoko - Orixá da fazenda
Òpè – palmeira
ÒPÈLÈ – Colar aberto no qual se encadeiam
oito metades de coquinhos de dende,
mediante um fio trançado de palha-da-costa.
É o instrumento divinatório privativo dos
autênticos sacerdotes de Ifá (vd. – Os
bàbáláwo (vd.).
Opèlé - corrente usada pela divindade Ifá,
significa: " enigma da palmeira "
Òpin ìsìn - o fim do ritual
Òpolo - Sapo
Òpópó - rua
Òpùrò - mentiroso
Òrè - Amigo (a)
Orí - Termo que designa a cabeça na vida
litúrgica dos candomblés. É, além disso, uma
divindade doméstica yorubá guardiã do
destino e cultuada por adeptos de ambos os
sexos. Também se diz que é a alma
orgânica.perecível, cuja sede é a cabeça –
inteligência, sensibilidade, etc.
ORÍKÌ – Conjunto de narrativas da saga
mística dos òrìsà que proclamam seus feitos.
Ocorre também sob a forma de pequenos
enigmas endereçados a uma pessoa como
voto de bons augúrios
Orílè - nome de uma nação
Orin – Cantiga
ÒRÌSÀ – Qualquer divindade yorubá com
exceção de Olóòrun (vd.). Seus equivalentes
fón (vd.) são voduns. A designação das
divindades do culto angola-congo que Ihe
correspondem é inkice. Essas equivalências
são imperfeitas, pois, ao passo que uns são
forças da natureza, outros são espíritos que
retornam sob a representação de animais,
enquanto outros ainda são espíritos ancestrais
Òrisà bi - esposa de Orungan
ÒRÌSÀNLÁ – É um título de Obàtálá, a partir
do qual se formou, no Brasil, o nome Oxalá
ORÓGBÓ – Fava de uma planta africana
adaptada no Brasil (Garcinia Kola, Hae-ckel,
GUTTIFERAE). 
Orúko - Expressão yorubá, empregada na
liturgia dos candomblés, que significa "qual é
o teu nome?". Ocorre na mais expressiva
cerimonia publica do candomblé, conhecida
como saída-de-santo, dia-do-nome, saída-deiaô e muzenza
Òrùn - Pescoço
Orun – Céu
ÒRUN – vd. Aiyé
Orúnkún – Joelho
ÒRÚNMÍLÀ – vd. Ifá
Òsa - Lagoa
Osàn - Laranja
Osán - fruta
Òsányìn - Orixá das ervas e dos
medicamentos
Òsé - Sabão
Òsè - semana ritual de quatro dias
Òsí - Esquerda
Osó – Bruxo
ÒSÓNYNÌN – Òrìsà das folhas litúrgicas e
medicinais, imprescindíveis para a realização
do culto. Na África é considerado companheiro
de Ifá e também adivinho. Seu emblema são
sete hastes de ferro pontiagudas, das quais a
haste central é encimada por um pássaro. As
sete hastes estão soldadas pela base,
formando, no seu ápice, um círculo em torno
da haste com o pássaro. As cores das contas
de seus colares são o verde (ou azul) e o
vermelho leitoso. Seu dia é, para alguns, a
seguinda, e para outros, a quinta-feira. Sua
saudação – "Ewé ó!"
Òsóòsì - orixá da caça - Filho de Yemoja,
irmão de Ògún (vd.), companheiro de Èsú e
Òsónyìn, este òrìsà, considerado rei de Kétu,
tem o título de ode (o Caçador). No Brasil é
sincretizado, seja com São Jorge (na Bahia),
seja com São Sebastião (no Rio de Janeiro e
Porto Alegre). Seu símbolo é o ofà (vd.). 0
cotar votivo é de contas azul-de-viena (azul
esverdeado). Saudação – "Òkè àró"
Osù – Mês
ÒSÙMÀRÈ – Costuma ser identificado com o
arco-íris e com a serpente. Representa a
continuidade, o movimento e a eternidade. No
Brasil é considerado irmão de Obalúwàiyé
(vd.) e filho de Nàná (vd.), possivelmente em
virtude de sua origem daomeana. Dele se diz
que é o Rei de Jeje. Seu símbolo são as duas
cobras que leva nas mãos quando dança,
sendo uma masculina e outra feminina, alusão
ao seu caráter duplo de macho e fêmea. Dia
consagrado: terça-feira. Colares de contas
verdes e amarelas listradas. Saudação –
"Aróbò bo yí!" Sincretizado com São
Bartolomeu. 
ÒSÚN – Divindade das águas, em particular no
Rio Òsún, na Nigéria. E a segunda esposa de
Sòngó, mas foi casada também com Ògún e
Òsóòsì. Deste ultimo casamento nasceu
Lògún-ede (vd.). Seus símbolos são o leque
dourado e a espada. É pois uma iabá que se
caracteriza pela coqueteria, gostando de
enfeites e jóias de ouro (ou cobre amarelo).
Tem o título de Ialodê – chefe das mulheres
do mercado, sendo sincretizada no Brasil com
diversas Nossas Senhoras (da GIória, da
Conceição, do Carmo, das Candeias, da
Candelária) e com Santa Luzia. Além disso, é
a Rainha de Òsogbo e Òyó. Seus colares são
de contas amarelo-douradas translúcidas.
Saudação – "Rora yèyé o!" Seu dia é o
sábado.
Òsupá – Lua OSÙU – Artefato cônico, confeccionado a partir
de substâncias sagradas de origem animal,
vegetal e mineral, imposto a cabeça do noviço
após as incisões rituaisfeitas sobre o alto do
crânio (vd. Adósùu).
Ota e Okuta - Pedra
Otí - Álcool
Otí Bìá - Cerveja
Otin Dudu - Vinho tinto
Otin fum-fum - Aguardente
Otin nibé - Cerveja
Òtitó - verdade
Otu - sacerdote que faz oferendas em nome
do Rei (Oba)
Òtún - Direita
Òun - Ele (a)
Owo - Não
Owó - Dinheiro
Oyin – Mel
“P”
Pá – Matar
Pada – Voltar
PÀDÉ – Rito que é desempenhado no início das
cerimônias do candomblé em homenagem a
Èsù, considerado necessário como rito
propiciatório, pois as primícias sacrificiais
devem caber aquele que é, além de
primogênito da criação, o portador titular de
qualquer oferenda. 0 seu não cumprimento é
visto como implicando em perturbação de toda
a ordem ritual
Padê - Encontrar
Pàdé - encontrar
Paeja – Pescar
PAI-DE-SANTO – vd. Babalorixá. 
PAI-PEQUENO – vd. Mãe-pequena
Pákí - farinha de mandioca, mandioca
Paki - Sala
Pákórò - ritual noturno nos funerais
PALHA-DA-COSTA – Tipo de palha proveniente
da Costa da África, com que se designa a região
sudanesa da África Ocidental (Golfo da Guiné).
Usa-se trançada em diferentes artefatos
litúrgicos. 
Pamó - Esconder
Paré - desaparecer, ser destruído
Pari - completar
Pariwò - gritar, barulho
Patapá – Burro
PATÉWÓ ou ÌPATÉWÓ – Palmas em cad0ncia
sincopada empregadas como saudação aos
òrìsà, bem como em circunstâncias que impõem
o silencio, como no caso do recolhimento, para
indicar uma necessidade a ser atendida. Diz-se
paô. 
PARÁS – vd. Candomblés
Pè - Chamar
Peji - Espécie de altar onde se encontram
dispostos os diversos tipos de insígnias da
divindade, como as pedras votivas (òta), armas
e demais objetos simbólicos, e onde estão
dispostos os recipientes contendo as comidas
ofertadas aos òrìsà
PEMBAS – Espécie de giz de diferentes cores
que é usado para traçar desenhos mágicoreligiosos e de caráter invocatório. E mais
freqüentemente empregado nos ritos de
umbanda. 
Pèlé - marcas na face. Caracteriza as famílias
Pelebi - Pato
Peleke - aumentar
Pépéiye - Pato
Pepelê – Banco
Pín - dividir, repartir
Pitan - contar historias
POMBA-GIRA – vd. Èsù
Pòòkò - copo feito de uma casca de coco
POVO-DE-SANTO – Designação coletiva que
abrange o conjunto dos filhos-de-santo de
todos os candomblés
PRETOS-VELHOS – Termo que designa um tipo
de entidade característica dos cultos de
umbanda. Representam os espíritos de negros
escravos que se notabilizaram por sua
humildade, sabedoria e magia. São conhecidos
como Vovô/Vovó, Tio/Tia e Pai/Mãe. 
Pupa - Vermelho
Púpò - Muito
Putu – bom
“Q”
QUEBRA-DE-QUIZILA – vd. Quizila. 
QUITANDA-DE-IAÔ – Rito do ciclo iniciático em
que são rompidos alguns dos tabus que cercam
o noviço. Consiste no desempenho dramático de
funções e atividades evocativas de situaq5es do
quotidiano. 0 termo alude, ainda, a venda que o
iaô efetua de produtos variados (frutas, doces,
etc.) expostos sobre tabuleiros,como nas feiras
e mercados. A origem do termo quitanda é
kimbundo e significa expor, e, por extensão,
feira ou mercado. 
QUIZILA – Interdito ritual; o mesmo que èèwò.
Na liturgia dos candomblés há um ciclo
cerimonial, onde se realiza o rompimento dos
tabus que circundam o noviço durante a
iniciação, conhecido como quebra-de-quizila.
Dele fazem parte o panán e a quitanda-de-iaô. 

“R”
Rà - Apodrecer
Rà - Comprar
Rá - engatinhar
Rárá - Não
Rári - rapar a cabeça, o primeiro degrau da
iniciação
Re - Ir
Réin - rir
Rèrè - coisas boas, boa fortuna
Rere - Muito bem
Rérìn - Rir
Rí - Ver
Rìn - Andar
Rìn - Trabalhar
Riri - tremer de medo
Rò - Pensar
Roboto – Redondo
ROÇA – vd. Casa-de-santo
Ròjo - chover
Ronu - Pensar
Rúbo – Sacrifício
RUM, RUMPI, RUNLÉ – vd. Atabaques
Run - perecer, sucumbir
RUNKO – Termo pelo qual se designa o
aposento destinado a reclusão dos neófitos
durante o processo de iniciação. f conhecido
também como alíase, camarinha ou ainda àse
Rúsúrúsú – Amarelo
“S”
Sáà - estação, determinado espaço de tempo
SAÍDA-DE-SANTO – vd. Orúko
Saju – Antes
SAKPATÁ – vd. Obalúwàiyé
Sàn - estar bem
Sánku - morte prematura
Sánmò - céu
Sanra - estar gordo
Sanro – Gordo
SANTO – vd. Òrìsà
Sarapebé - Mensageiro
Sáré - Rápido, correr
SAWORO – Artefato de palha trançada e que
tem como fecho um guizo. 0 noviço deve tê-lo
atado ao tornozelo, e port5-lo durante um largo
período ap6s a sua reclusão. Um dos símbolos
cerimoniais da sujeição do iaô numa casa-desanto
Sè - cozinhar
Sééré - chocalho, sagrado para o Orixá Sàngó
Ségègé - tirar a sorte, fundição de certas
formas de adivinhação
Sèké - mentir
Si Ori - Abrir a Cabeça
Simi - Descansar
Sinsin - descansar
Sínun - Dentro
Sirè – Diversão
SIRI – Conjunto de danças cerimoniais onde
ocorrem distintos ritmos, cânticos e estilos
coreográficos característicos do desempenho de
cada Òrìsà
Sise - Trabalho
So - amarrar
Sódé - fora
Sòkoto – calças
SÒNPÒNNÓN – vd. Obalúwàiyé. 
SÒNGÓ – Divindade iorubana do raio e do
trovão. Descendente do fundador mítico da
cidade de Òyò e seu 4º. rei. Seu símbolo é o
machado duplo, notabilizando-se ainda como o
dono da pedra-do-raio, indispensável aos seus
assentamentos. E viril, como atestam suas
várias esposas (Òsun, Oba, Oya), violento e
guerreiro, distinguindo-se, sobretudo, pelo seu
senso de justiça, aspecto mais desenvolvido da
sua representação no Brasil, e que o liga a São
Jerônimo, com quem é sincretizado. Suas cores
são o vermelho e o branco. Seu dia é quartafeira. Saudação – "Ká wòóo, ká biyè sí!" 
Sòrò - falar
Sòrò - Falar
Sòtito - ter fé
Sùn - Dormir
Sunkun - chorar
Sùrú – Paciência
“T”
Tà - vender
Tàbá - Tabaco, fumo
Táìwo - o primeiro gêmeo a nascer
Táláká - pessoa pobre
TAMBORES-DE-MINA – vd. Candomblés
Tanã - Vela, lâmpada
Tanná - acender a luz
Tara - pequena pedra
Tata – Gafanhoto
TATA-DE-INKICE – vd. Babalorixá
Taya - Esposa
Té - espalhar
Te - estabelecer
Tè - pressionar
Téfá - iniciação Ifá
Telé - seguir
Tèmi - Meu, minha
TEMPO – É um índice. Corresponde ao ìrokò
nagô. Muitas vezes seus assentamentos (vd.)
se encontram ao ar livre, isto é, "no tempo".
Dele se diz que é o dono da bandeira branca
que distingue as casas-de-santo (vd.). Seu símbolo é uma grelha de ferro com três pontasde-lança. É sincretizado com São Lourenço,
santo católico que sofreu o martírio sobre uma
grelha. 
TERREIROS – vd. Candomblés
Tete – Aplicado
TETEREGUN – Planta da família das
ZINGlBERACEAE (Costus spicatus, SW.). É
conhecida, ainda, como sangolovô e cana-demacaco. Na classificação das folhas liturgias é
considerada de agitaçåo
Tímótímó - pequeno
Tìnùtìnù - sincero
Titi - até
Titun - Novo
Tò - Urinar
Tóbi - Grande, maior
Tóbi ode - caçar
Toto - Atenção
Tún - Retorno
Túndé - renascer
Tutu - Frio, gelado
“W”
Wa - Nosso
Wà - ser
Wádi - fazer perguntas
WÁJÌ – Nome litúrgico do anil ou índigo, a cor
azul-escura
Wakati - Hora
Wàrà – Leite
Wè - Banho
Wejeweje - coisas boas
Were - jovem
Wèrè - Louco
Wípé - dizer algo
Wò - Vestir
Wó - o qual
Wo - relaxar
Wodi – investigar
Wo'gun mérin - os quatro cantos do mundo, as
quatro direções
Wolé - entrar
Woléwòdè - entrar e sair
Won - então
Wòran - assistir
Wu - Desenterrar
Wun ni - Gostar
Wúrà – Ouro
“Y”
Yá - inundar
Yà - virar para o lado
Yàgó - Licença
Yalayala - gavião, rápido, veloz
Yama - Oeste
Yàn - escolher
Yan - Torrar
Yanran - bom
Yara - quatro
Yára - ser rápido
Yara-ypejo – Sala
Yaro - Ficar aleijado
Yesi – quem
YEWÀ – Òrìsà feminino do rio e da lagoa Yewè,
na Nigèria. Uma das iabás, considerada ora
irmã de iyásan, ora esposa de Òsùmáré. Seu
nome significa beleza e graça. As cores de seus
colares são o vermelho e o amarelo. Usa como
insígnias o arpão, a âncora e a espada. Ha um
vodun daomeano com o mesmo nome, cultuado
em São Luís do Maranhão. Saudação – "Riró!"
Yewere - sem valor, indigno
Yèyé - bobagem
Yeye - mãe
Yi - isto
Yibi - grandeza
Yio - desejo
Yiyan - Assado
Yo - aparecer
Yonrin – Areia
“S”
Corresponde a letra”X”
Saju - Antes
Sirè – Diversão
XANGÔS – vd. Candomblés
Xaorô - Tornozeleira de palha da costa usada
durante o recolhimento para o processo de
iniciação.
Xarará - Instrumento simbólico do Orixá
Obaluaiyê
Xê - Fazer
Xirê - Festa, brincadeira
“V”
VODUN – vd. Òrìsà.   l/ODUNCI – vd. Ebômin
fonte: http://www.lendas.orixas.nom.br/classificados/ebooks/013_cursodeintroducaoaocandomble.pdf